Brasil, 22 de maio de 2025
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Medida provisória de Lula reduz conta de luz para 40 milhões de brasileiros

A nova medida do governo promete isentar tarifas de energia elétrica para famílias de baixa renda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma medida provisória (MP) que busca reformar o setor elétrico brasileiro. A iniciativa tem como objetivo beneficiar as classes baixa e média, proporcionando uma redução significativa na conta de luz a curto e médio prazo. Com semelhança a uma verdadeira revolução nas contas de energia, uma das principais inovações é a isenção do pagamento de tarifas de energia elétrica para aproximadamente 40 milhões de brasileiros.

Objetivos da medida provisória

A proposta da MP visa a inclusão social e a melhoria das condições econômicas das famílias mais vulneráveis. De acordo com o texto, as famílias que estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que possuem uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, além de consumirem até 80 kWh/mês, terão a conta de luz isenta. A expectativa é que 17 milhões de famílias sejam beneficiadas com esta medida.

  • Familias com renda entre meio e um salário mínimo e consumo de até 120 kWh/mês também estão incluídas nas isenções.
  • O mercado de energia elétrica será aberto, permitindo que consumidores residenciais e pequenos comércios escolham seu fornecedor de energia.
  • Descontos na tarifa de irrigação e aquicultura também estão previstos na nova medida.

Tarifa social para famílias carentes

Um dos aspectos mais impactantes da MP é a tarifa social que visa atender a classe baixa. O governo afirma que as famílias com salários reduzidos e consumo baixo de energia serão as principais beneficiárias desta gratuidade. Além disso, o governo prevê que pessoas com deficiência, idosos e famílias indígenas, quilombolas e aquelas que vivem em áreas remotas por meio de sistemas off-grid terão isenção nas tarifas de energia elétrica.

As famílias com renda entre meio e um salário mínimo também terão isenção na cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma taxa rateada entre todos os consumidores atualmente.

O custo anual para implementar essas medidas está estimado em R$ 3,6 bilhões. Entretanto, essa despesa será compensada através de uma revisão de incentivos fiscais já existentes.

Críticas e posicionamentos

Luis Chiganer, professor aposentado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), levantou preocupações sobre o impacto real dessas medidas. Segundo ele, o custo da conta de luz pode aumentar para a classe média como consequência dos benefícios oferecidos às famílias mais pobres, afirmando que a proposta é mais uma estratégia política do governo do que uma solução efetiva para o financiamento de novas fontes de energia renovável.

“As medidas compensatórias são pura ilusão matemática. Não trazem nada de novo para o financiamento das novas fontes energéticas necessárias no Brasil”, opina Chiganer.

Abertura do mercado de energia

A medida provisória também abre caminho para que o consumo de energia seja mais competitivo. Com a nova legislação, os consumidores poderão escolher seus fornecedores de energia, semelhante ao que ocorre no setor de telecomunicações. O governo espera que comerciantes e indústrias comecem a se adaptar a este novo mercado já em agosto de 2026, enquanto usuários domésticos poderão usufruir dessa liberdade a partir de dezembro de 2027.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acredita que essa abertura irá favorecer a classe média, eliminando o monopólio das distribuidoras e oferecendo aos consumidores maior poder de escolha e, consequentemente, preços mais baixos.

Próximos passos e tramitação da MP

Após sua publicação no Diário Oficial da União, a medida provisória entra em vigor de imediato, embora necessite da ratificação do Congresso Nacional em até 60 dias para se tornar uma lei ordinária. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), manifestou preocupação em relação a como a medida pode afetar o setor elétrico, sublinhando a importância de uma análise cuidadosa para evitar problemas futuros.

Alcolumbre destacou que a MP pode resolver desigualdades, onde pessoas em condições similares podem pagar preços muito diferentes pela energia elétrica, afetando principalmente a população de baixa renda.

A partir de agora, a expectativa é que a discussão sobre a MP avance rapidamente no Congresso, enquanto milhões de brasileiros aguardam as mudanças que prometem impactar positivamente suas contas de luz.

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