O Mundial de Clubes, que tem início em três semanas, surge como uma oportunidade ímpar para o Botafogo expandir sua marca além das fronteiras da América do Sul. O clube carioca se prepara para enfrentar grandes equipes como Seattle Sounders (EUA), PSG (FRA) e Atlético de Madrid (ESP), todos pertencentes ao grupo B. As expectativas são altas, e a direção alvinegra enxerga nos confrontos uma chance de reforçar sua identidade nos Estados Unidos e na Europa.
O reencontro de João Paulo com o Botafogo
No entanto, com um foco mais íntimo e emocional, o torneio também propicia um reencontro especial entre o meia João Paulo e o Botafogo. O jogador, que tem uma história rica com o clube, expressou sua animação ao saber dos confrontos, ressaltando o esforço que as equipes vêm fazendo para alcançar uma plataforma global. “Fiquei muito animado quando soube. Espero que Sounders e Botafogo continuem tendo sucesso”, comentou João Paulo em entrevista ao “Território MLS”.
Referência técnica e líder do Botafogo entre 2017 e 2019, João Paulo fez a transição para o Seattle Sounders, onde já acumula seis temporadas e se tornou um dos capitães da equipe. No final do ano passado, renovou seu contrato até o fim de 2024, com uma opção de extensão por mais um ano. Mesmo adaptado à vida nos EUA, o meia de 34 anos recebeu propostas para retornar ao Brasil, mas decidiu priorizar sua qualidade de vida em Seattle.
“2017 foi um ano muito importante para mim e para o Botafogo. Assisti quase todos os jogos e o Botafogo foi merecedor do título. Ver amigos meus com o troféu foi uma felicidade enorme”, disse João Paulo, refletindo sobre sua conexão com o clube e os laços que ainda mantém com os ex-companheiros e a torcida. Ele se lembrou de como o Botafogo chegou longe em competições importantes naquelas temporadas, destacando a campanha na Libertadores, onde o time alcançou as quartas de final.
Identidade e torcidas
A identificação de João Paulo com o Botafogo é marcante e vai além dos números em campo. Sua popularidade aumentou ainda mais nas redes sociais e entre os torcedores devido à história das toucas que costumava usar. Em 2017, após uma série de lesões, ele começou a utilizar toucas de natação para proteger os pontos na cabeça, o que se transformou em um símbolo de resistência e dedicação.
Em 2018, uma homenagem especial aconteceu quando Igor Rabello, seu ex-companheiro, o lembrou durante uma partida contra o Vasco. Ao marcar um gol, Rabello comemorou usando uma touca, um gesto que resonou profundamente entre os torcedores e os jogadores do Botafogo, reavivando a memória da bravura de João Paulo em campo.
A trajetória no Seattle Sounders
Apesar de algumas dificuldades, como a condição de reserva na equipe americana, João Paulo continua sendo uma figura amada pelos fãs dos Sounders. Em sua trajetória até agora, ele já disputou 151 partidas, anotando oito gols e fornecendo 18 assistências. Nesta temporada, ele totaliza apenas sete partidas e uma assistência, mas sua importância para o elenco e a torcida permanece intacta.
“Estou muito feliz em ver o Botafogo sendo protagonista nos campeonatos que disputa. Na minha época era difícil brigar por títulos dessa maneira. Falei quando saí do clube que queria ver o Botafogo sendo competitivo e organizado, e esse dia chegou”, ressaltou o jogador, refletindo sobre os avanços do clube desde sua saída.
Juntamente com a expectativa do Mundial de Clubes, este reencontro de João Paulo com o Botafogo promete ser um momento de emoções e lembranças, celebrando não apenas a carreira de um jogador, mas também a forte conexão entre ele e uma das instituições mais queridas do Brasil.