Brasil, 22 de maio de 2025
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Inovações em IA demandam atenção à eficiência energética

A crescente demanda por inteligência artificial destaca a necessidade de soluções energéticas sustentáveis.

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma parte cada vez mais integrada em nosso cotidiano, trazendo inovações e melhorias em diversas áreas. No entanto, uma questão crucial emergiu no cenário tecnológico: a eficiência energética. Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm para a América Latina, destacou que uma busca no ChatGPT com oito parâmetros consome aproximadamente a mesma quantidade de energia que quatro lâmpadas acesas. Esse dado ressalta a necessidade urgente de discutir como reduzir o consumo de energia em um mundo onde as aplicações de IA estão proliferando.

A importância da eficiência energética no avanço da IA

Durante o evento “Caminhos do Brasil”, realizado no Rio de Janeiro, especialistas debateram sobre o futuro do mercado de trabalho e as implicações da IA no consumo de energia. Tonisi enfatizou a questão central: “Se todo mundo fizesse uma consulta no ChatGPT ao mesmo tempo, não haveria energia elétrica suficiente.” Esse alerta destaca a urgência em se desenvolver tecnologias que não apenas avancem em termos de capacidade, mas também em eficiência energética.

Desenvolvendo modelos sustentáveis

Tonisi mencionou iniciativas voltadas para a eficiência energética, como o desenvolvimento de novos modelos de processamento que consomem menos energia. Um exemplo notável é o DeepSeek, uma ferramenta de IA generativa chinesa que apresenta menos consumo de energia em comparação ao ChatGPT, devido ao uso de um número reduzido de parâmetros ao processar informações. “Essa combinação de novas arquiteturas, aplicações e um modelo híbrido entre data centers e dispositivos pessoais é essencial para reduzir o custo da IA e seu impacto ambiental”, explicou o presidente da Qualcomm.

Iniciativas em prol da sustentabilidade

Rafael Segrera, CEO da Schneider Electric para a América do Sul, mencionou que as empresas têm buscado acelerar ações sustentáveis, especialmente com a realização da COP30 em Belém. Ele destacou a Sustainable Business COP, uma ação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que visa soluções para a transição energética. “Olhar para a agenda verde é crucial, mas também precisamos entender as habilidades e formações necessárias para garantir um futuro sustentável”, ressaltou Segrera.

Essa visão sustentada pelo foco na eficiência energética é essencial para garantir que a indústria propicie resultados positivos tanto para os negócios quanto para o meio ambiente. Carlos Augusto Lopes, vice-presidente da IBM Consulting para a América Latina, destacou que as empresas que adotam a IA acabam se beneficiando ao reduzir custos e melhorar a eficiência. “A IA veio para ficar, pois traz melhorias de custo para as empresas”, afirmou Lopes.

Impacto da IA e a necessidade de inclusão

Além de discutir a eficiência energética, os especialistas também abordaram a importância da inclusão no uso de tecnologias. Lopes comentou que o custo da IA deve ser acessível, especialmente para pequenas e médias empresas, e defendeu que essa tecnologia não deve ser restrita a grandes corporações. “A IA não pode ser um artigo de luxo; precisamos de um modelo aberto que permita a competição saudável”, argumentou.

Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), também se destacou ao afirmar que é possível implementar ações que coloquem o ser humano no centro da equação tecnológica. “Pense duas vezes, compute uma”, recomendou Viana, enfatizando a importância de considerar o impacto humano em cada desenvolvimento tecnológico.

Nesse contexto, fica claro que a crescente integração da IA em nossas vidas traz não apenas oportunidades, mas também desafios significativos relacionados ao consumo de energia. Para avançar de maneira sustentável, é primordial que a indústria, governos e sociedade civil colaborem em iniciativas que promovam não apenas o desenvolvimento tecnológico, mas também o cuidado com a saúde do planeta.

A combinação de tecnologias inovadoras e práticas sustentáveis pode ser o caminho para um futuro onde a inteligência artificial e a responsabilidade ambiental coabitem em harmonia.

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