Brasil, 23 de maio de 2025
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Indiciamento de dirigentes do Corinthians por irregularidades em patrocínio

Presidente e ex-dirigentes do Corinthians são indiciados por irregularidades no contrato com a VaideBet, enquanto impeachment é avaliado.

O mundo do futebol brasileiro foi agitado por uma notícia que trouxe à tona questões de ética e legalidade envolvendo a gestão do Corinthians. O presidente do clube, Augusto Melo, e dois ex-dirigentes, Marcelo Mariano e Sérgio Moura, foram indiciados pela Polícia Civil por supostas irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa de apostas VaideBet. Além deles, Alex Cassundé, proprietário da VaideBet, também está entre os indiciados, conforme noticiado pelo site ge.

Contratualidade e rompimento

O contrato formalizado entre o Corinthians e a VaideBet foi interrompido em junho de 2024, após a empresa decidir rescindir o acordo de maneira unilateral. Essa decisão foi baseada em uma cláusula anticorrupção presente no contrato, que levantou suspeitas sobre a transparência das negociações. A rescisão traz à tona a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre como os contratos de patrocínio são geridos no cenário esportivo brasileiro, especialmente em tempos de crescente pressão por maior responsabilidade financeira e ética nas modalidades esportivas.

Crimes associados à investigação

As investigações revelaram que o quarteto, composto por Melo, Mariano, Moura e Cassundé, foi enquadrado em três crimes: furto qualificado pelo abuso de confiança, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Esses indiciamentos indicam um alto nível de seriedade nas alegações, que caso prove-se verídicas, podem causar danos irreparáveis à reputação do clube e de seus diretores. A lavagem de dinheiro, em particular, é um crime que suscita preocupações profundas sobre a origem e a legitimidade dos recursos utilizados, não só no futebol, mas em toda a sociedade.

Aguardo de denúncia pelo Ministério Público

Agora, o próximo passo na investigação aguarda a definição do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) sobre o indiciamento, que foi elaborado em uma colaboração entre o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e a 3ª Delegacia de SP, especializada em crimes de lavagem de dinheiro. A decisão do MP-SP será crucial, pois, se optarem por denunciar os indiciados, o caso será encaminhado a um juiz, que poderá torná-los réus e dar seguimento a um processo judicial que demandará mais esclarecimentos e poderá gerar consequências severas.

Consequências para a gestão do Corinthians

Simultaneamente ao desenrolar do processo criminal, o clube também enfrenta uma situação interna que promete agitar seus bastidores. O Conselho Deliberativo do Corinthians votará na próxima segunda-feira, às 18h, o impeachment do presidente Augusto Melo. A reunião está marcada para acontecer no Parque São Jorge, e reflete a inquietação dos membros do clube frente às alegações de irregularidades financeiras. O impeachment é uma medida drástica, mas necessária para manter a integridade do Corinthians, especialmente em um momento tão delicado.

O caso, que começou a ganhar relevância em 2024, por conta das controvérsias em torno do contrato assinado com a VaideBet, expõe as fragilidades da gestão em grandes clubes de futebol e a urgência em adotar práticas mais transparentes e éticas. Esse tipo de situação não apenas afeta a imagem do clube, mas também pode impactar diretamente a confiança dos torcedores e parceiros comerciais, que veem na responsabilidade e na ética valores fundamentais no esporte.

Com o desenrolar desses eventos, observadores do futebol e os torcedores do Corinthians aguardam ansiosamente por uma posição clara do MP-SP e pelas decisões dos Conselhos do clube. O futuro do Corinthians e de seus dirigentes pode estar em jogo, numa trama que mescla paixão, gestão e ética no futebol brasileiro.

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