Joaquim Alves da Silva, um idoso de 76 anos, encontra-se em estado gravíssimo na UTI do Hospital de Base de Brasília após uma série de quedas que culminaram em um grave acidente. Segundo familiares, a equipe médica teria demorado a prestar assistência ao paciente, que enfrentou dificuldades para ir ao banheiro, uma situação potencialmente evitável de acordo com as reivindicações feitas pela família.
A denúncia da família
Joaquim foi internado em abril por complicações relacionadas ao diabetes, necessitando inclusive de uma amputação. Durante a sua estadia no hospital, o paciente contraiu uma infecção, o que exigiu sua permanência na unidade de saúde. Devido a sua condição de saúde, Joaquim não conseguia se locomover sem o auxílio da equipe hospitalar, e portanto, requeria ajuda para ir ao banheiro. Entretanto, segundo relatos de sua família, houve uma demora significativa na assistência, levando o idoso a tentar ir sozinho.
A família afirma que, após diversas tentativas de ir ao banheiro sem apoio, Joaquim sofreu cinco quedas. Na última delas, ele bateu a cabeça e teve uma hemorragia cerebral, sendo esse o incidente que agravou sua condição de saúde. O mais alarmante, segundo os relatos, é que a equipe de enfermagem que o retornou ao leito após a queda não comunicou aos médicos sobre o ocorrido, o que resultou em uma descoberta tardia do estado crítico do paciente no dia seguinte.
A situação de Joaquim no hospital
De acordo com Thaís Braga, sobrinha de Joaquim, o idoso estava lúcido e orientado antes do acidente, apenas aguardando o término de sua medicação para voltar para casa. “O relato é que ele caiu em uma poça de xixi, escorregou e bateu a cabeça. Nessa queda, ele teve complicações, um traumatismo craniano, e teve que passar por uma cirurgia que foi bastante delicada”, relatou Thaís.
A resposta do Iges-DF
Em resposta às acusações, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou que Joaquim não tinha acompanhantes familiares no hospital, apesar de ter direito a um acompanhante durante sua internação. Essa afirmação levanta questionamentos sobre a responsabilidade do hospital em garantir a segurança e o bem-estar de seus pacientes, especialmente aqueles em situações vulneráveis como idosos com limitações de mobilidade.
Este incidente não é isolado, pois outras famílias também levantaram questões sobre a qualidade do atendimento em hospitais do Distrito Federal. Recentemente, uma denúncia semelhante envolvendo um homem que faleceu em uma UPA por suposta negligência revelou um padrão preocupante que precisa ser abordado pelas autoridades de saúde.
As consequências de uma queda em ambiente hospitalar
Quedas em hospitais, especialmente envolvendo pacientes idosos, são eventos preocupantes que podem ter consequências graves. A falta de protocolos de segurança adequados e a ausência de supervisão podem resultar em complicações sérias, como observa-se no caso de Joaquim. É fundamental que as instituições de saúde adotem medidas eficazes para prevenir essas ocorrências, garantindo a segurança dos pacientes através de acompanhamento constante e cuidados adequados.
O que esperar das autoridades de saúde?
Com a situação crítica de Joaquim e a crescente pressão da opinião pública, espera-se que as autoridades de saúde realizem uma investigação detalhada sobre este incidente e estabeleçam medidas para evitar que tragédias semelhantes ocorram novamente. O bem-estar dos pacientes e a qualidade dos serviços de saúde devem ser constantemente revisados e melhorados para garantir a confiança da população nos serviços públicos de saúde.
O caso de Joaquim Alves da Silva é um triste lembrete da importância da vigilância e do cuidado contínuo em ambientes hospitalares, especialmente para os pacientes mais vulneráveis. A sociedade aguarda respostas e, mais importante, medidas concretas que assegurem a proteção e a dignidade de todos os que dependem de cuidados médicos.