Brasil, 22 de maio de 2025
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Governo Lula aumenta IOF sobre operações de câmbio

Decreto publicado nesta quinta-feira aumenta taxas de IOF e visa arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025.

Na última quinta-feira (22/5), um decreto do governo Lula (PT) trouxe mudanças significativas na regulamentação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) relacionadas a operações de câmbio. O objetivo principal da nova política é aumentar a arrecadação, com estimativas de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

Aumento das taxas do IOF

Uma das principais alterações no decreto foi o aumento das taxas sobre compras internacionais realizadas com cartão de crédito e débito, que passarão de 3,38% para 3,5%. Até 2022, essa alíquota era de 6,38%, mas sofreu reduções progressivas nos anos seguintes, chegando a 4,38% em 2024 e com a expectativa de zerar em 2028. No entanto, com as mudanças recentes, o governo busca uma unificação das alíquotas, sem retornar ao patamar anterior.

Justificativas do governo

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, defendeu a decisão afirmando que “é uma tarifa módica em relação ao que já existiu no passado”. Por outro lado, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, justificou que o aumento se trata de uma “equalização” que busca promover uma justiça tributária.

Impacto nos turistas e nas remessas internacionais

Além das novas taxas sobre compras com cartão, a alíquota para a remessa de recursos para contas de contribuentes brasileiros no exterior, assim como a compra de moeda em espécie, sofrerá uma alteração significativa, passando de 1,1% para 3,5%. O governo assegura que essa mudança evitará distorções no tratamento tributário de licenças semelhantes.

O IOF, sendo um tributo regulatório, permite que o governo implemente essas alterações sem a necessidade de aprovação do Congresso Nacional. As novas taxas já estarão em vigor a partir desta sexta-feira (23/5).

Operações isentas de tributação

É importante ressaltar que algumas operações continuam isentas do IOF, incluindo:

  • importação e exportação;
  • ingresso e retorno de recursos de investidor estrangeiro;
  • empréstimos e financiamentos externos, exceto em curto prazo;
  • remessas de dividendos e juros sobre capital próprio para investidores estrangeiros;
  • cartão de crédito de turista estrangeiro;
  • doações internacionais ambientais;
  • cartões de crédito e débito de entidades públicas;
  • transporte aéreo internacional;
  • operações entre bancos;
  • atividades relacionadas a Itaipu e missões diplomáticas;
  • operações combinadas de compra e venda por instituições autorizadas.

Perspectivas futuras e reações

Embora o governo sustente que as mudanças visam uma abordagem mais equilibrada e justa na tributação, reações misturadas já estão surgindo entre a população e especialistas financeiros. Alguns alegam que o aumento das taxas pode desestimular o uso de cartões para compras internacionais, impactando o turismo e serviços que dependem de transações em moeda estrangeira.

Por outro lado, defensores afirmam que a medida é necessária para colmatar lacunas na arrecadação e dar suporte a políticas públicas em um momento em que o Brasil busca estabilizar sua economia pós-pandemia. Os próximos meses serão cruciais para observar a efetividade dessa nova abordagem tributária e seu impacto nas relações econômicas internacionais do Brasil.

Em suma, as recentes alterações no IOF têm o potencial de alterar a dinâmica das operações financeiras com exterior, enquanto coloca o governo em destaque, diante de um ambiente econômico desafiador. Nas próximas semanas, será interessante monitorar como as reações do mercado e do cidadão se desenvolverão frente a essas mudanças.

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