Brasil, 22 de maio de 2025
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Governo anuncia bloqueio de R$ 31 bilhões no orçamento de 2025

O bloqueio atinge principalmente gastos não obrigatórios dos ministérios, buscando equilibrar as contas públicas.

No dia 22 de maio de 2025, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento divulgaram um bloqueio significativo de R$ 31 bilhões no orçamento federal deste ano. Essa decisão é parte de um esforço contínuo do governo para controlar as despesas e estabilizar as finanças públicas, especialmente em um cenário onde o déficit fiscal permanece uma preocupação central.

O que envolve o bloqueio no orçamento?

O bloqueio de R$ 31 bilhões se concentrará nos gastos livres dos ministérios, ou seja, aqueles que não possuem caráter obrigatório. Essas despesas incluem investimentos fundamentais e custeio da máquina pública. Entre os gastos cobertos pelo bloqueio estão serviços de apoio, tecnologia da informação, energia elétrica, água, locação de bens, além de diárias e passagens. A medida reflete a necessidade de um ajuste fiscal diante da reavaliação das receitas e despesas primárias do governo para o ano.

A nova estimativa, que fundamenta o bloqueio, foi necessária em vista do desempenho fiscal do governo. Apesar da melhora nas contas públicas observada em 2022, com um superávit após anos de déficit, a situação atual mostra um descompasso que leva à tomada de medidas como esta.

Meta fiscal e os desafios financeiros

A meta do governo para 2025 é zerar um déficit fiscal que totalizou R$ 43 bilhões no ano anterior. Importante ressaltar que o governo pode operar com um déficit de até 0,25% do PIB, que equivaleria a aproximadamente R$ 31 bilhões, sem comprometer formalmente seus objetivos fiscais. Além disso, outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, que são decisões judiciais, estão excluídos quando se avaliam as metas fiscais.

Com as novas regras do arcabouço fiscal, aprovadas em 2023, o governo ficará restrito a ampliar suas despesas em até 70% do crescimento projetado na arrecadação. Se a meta fiscal não for cumprida, as despesas terão de crescer menos — 50% do aumento da receita real. Com isso, a intenção é evitar um crescimento sustentável da dívida pública e a consequente elevação dos juros cobrados de investidores nos títulos públicos.

Os impactos da PEC da transição na economia

O cenário é ainda mais complicado quando se considera a implementação da PEC da transição, aprovada no fim de 2022, que visou aumentar investimentos em áreas essenciais como saúde e educação, mas que resultou em um rombo significativo nas contas públicas, que pode alcançar R$ 231,5 bilhões em 2023. Apesar das tentativas de recuperação na arrecadação, as contas públicas apresentaram um déficit alarmante de R$ 230,5 bilhões, um contexto agravado pelas obrigações de pagamento de precatórios atrasados que somam R$ 92,5 bilhões.

Projeções para o futuro

Olhar para o orçamento de 2025 revela uma expectativa de novo déficit de R$ 40,4 bilhões, que inclui os inevitáveis pagamentos de precatórios. Tais contextos tornam evidente a necessidade de um gestão fiscal prudente, capaz de lidar com as crescentes tensões sociais e econômicas do país.

A abordagem do governo será crucial para o futuro econômico do Brasil. As expectativas por parte da população e investidores são altas, e acompanhar esses passos em direção ao equilíbrio fiscal se torna um aspecto primordial para a confiança na economia brasileira.

O detalhamento específico sobre quais ministérios e quais gastos terão seu orçamento restringido será divulgado até o final deste mês, e é esperado que isso gere um debate sobre o impacto social e econômico dessas decisões.

Com o país enfrentando desafios fiscais significativos, a esperança é que as novas medidas sejam suficientes para restabelecer a confiança nas contas públicas, garantindo um caminho mais sustentável para o crescimento e desenvolvimento do Brasil.

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