No dia 30 de abril, Asafe Pereira de Sousa, um menino de apenas 6 anos, passou por uma experiência traumática ao ser picado por uma jararaca em Palmas, Tocantins. A cobra, conhecida por seu veneno altamente tóxico, o deixou internado por 11 dias no Hospital Geral de Palmas (HGP), mas ele agora se recupera em casa. O incidente ocorreu quando Asafe estava fechando um portão e, sem perceber, levou o bote da serpente.
Uma emergência médica a caminho da recuperação
Após ser picado, Asafe imediatamente começou a sentir dor e, em seguida, episódios de vômito. O primeiro atendimento foi realizado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas dada a gravidade da situação, ele foi rapidamente transferido para o HGP. A documentação médica adotou cerca de 40 minutos desde a picada até a chegada ao hospital, tempo crucial para o tratamento do veneno.
A mãe de Asafe, Amanda Pereira Santos, descreveu o momento como extremamente angustiante. “Ele chegou na emergência mostrando um quadro de inchaço e sonolência. O atendimento rápido foi fundamental”, destacou. O médico responsável, Aleandro Lino Gomes, revelou que, ao receber o menino, ele apresentava sintomas de gravidade, como edema nas pernas e alterações hemorrágicas, evidências da ação do veneno no organismo.
Complicações e tratamento intensivo
Durante sua internação, Asafe apresentou uma reação alérgica ao soro antiofídico, que é fundamental no combate aos efeitos letais do veneno da jararaca. “Foi assustador. A recuperação foi um verdadeiro milagre”, comentou Amanda. Enquanto a picada de jararaca pode causar dores intensas, inchaço e até hemorragias, o atendimento médico rápido e eficiente foi crucial para salvar a vida do garoto.
Os médicos do HGP realizaram intervenções emergenciais e monitoraram Asafe com atenção redobrada, dado o risco alto de complicações identificadas nos primeiros dias após a picada. A equipe médica manteve um registro contínuo de seu estado, que alternava entre melhorias e recaídas, até que finalmente ele pôde receber alta.
Como agir em casos de picadas de animais peçonhentos
A ocorrência deste tipo de acidente é comum na região e, segundo a Secretaria de Saúde, apenas no último ano, cinco mortes e aproximadamente 5.800 feridos foram registrados devido a picadas de animais peçonhentos. Diante disso, especialistas destacam a importância de saber como agir em casos de picadas.
O Dr. Aleandro enfatiza a necessidade de que todo paciente que suspeite ter sido picado por um animal peçonhento busque atendimento médico imediato. Ele também orientou que, se possível, o animal responsável pela picada seja capturado e levado a uma Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), onde poderá ser avaliado e, se necessário, utilizado para a produção de soros antihídricos.
Além disso, uma limpeza adequada do local da picada com água e sabão é essencial. Em Palmas, as UPAs são a melhor opção para quem necessitar de atendimento inicial. “Se a cobra não for identificada ou se não houver foto do animal, o médico poderá administrar o tratamento adequado baseado em sintomas”, explicou Anderson Brito, coordenador da UVCZ.
A comemoração de um novo Dia das Mães
Com a alta hospitalar, Amanda não poderia estar mais feliz em celebrar o Dia das Mães ao lado de seu filho. “Foi o maior presente que Deus poderia me dar, a chance de ser mãe dessa criança maravilhosa novamente. Deus sempre esteve no controle”, afirmou emocionada.
A história de Asafe não é apenas um alerta sobre os riscos de picadas de animais peçonhentos, mas também um testemunho da resiliência e da eficácia do atendimento médico em situações críticas. Esperamos que sua recuperação continue a ser positiva e que incidentes como esse sirvam para aumentar a conscientização sobre a segurança em áreas onde animais peçonhentos são comuns.
Para mais informações sobre saúde e segurança, continue acompanhando as notícias em g1 Tocantins.