O Brasil viveu um momento inédito na área de segurança pública com o salto de paraquedas do cão policial Coyote, um pastor belga malinois de três anos. O feito histórico ocorreu em Boituva, interior de São Paulo, e foi realizado durante um treinamento da Polícia Militar (PM) especialmente voltado para intervenções táticas. O episódio foi oficialmente confirmado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), destacando-se como um marco nas operações com K9 no país.
Salto histórico no treinamento da polícia
A iniciativa de realizar um salto com um cão da polícia surgiu após uma consulta de um capitão do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo ao instrutor de paraquedismo William Aguiar. Durante a conversa, a dúvida sobre a viabilidade de se realizar um salto com um cão deu início ao planejamento que resultou nesse evento pioneiro.
O treinamento foi realizado em abril, mas ganhou notoriedade somente em maio, quando a SSP divulgou o vídeo do salto. Coyote, que foi acompanhado de seu condutor, o cabo Diego Albuquerque, recebeu todo o suporte necessário para a atividade. “Preparávamos o equipamento para prender o cachorro ao condutor e ao paraquedista”, explica Aguiar. Essa atenção a detalhes garantiu a segurança não apenas do cão, mas também do seu condutor durante a manobra.
Um desafio estratégico para a segurança pública
Embora os cães paraquedistas sejam uma exclusividade das Forças Armadas, o salto de Coyote representa um avanço significativo nas estratégias de intervenção da polícia civil. De acordo com a SSP, o salto foi realizado como um “desafio estratégico” que busca testar a adaptabilidade de um cão de intervenção tática a situações extremas, como infiltrações aéreas.
“Essa experiência foi fundamental para validar a capacidade do Coyote, que já tinha passado por diversos tipos de estresse e treinamento em situações de alta pressão”, destaca o policial Diego Albuquerque. Coyote já teve experiências que o prepararam para ambientes de contenção de indivíduos armados, simulações com fumaça densa, e outras situações de risco.
Treinamento meticuloso e expectativa para novos saltos
O treinamento de Coyote para o salto foi cuidadosamente planejado. O instrutor William Aguiar ressaltou que o cão já era altamente capacitado para várias atividades, e o salto de paraquedas foi um novo passo na formação do animal. “Ele se comportou excepcionalmente bem, e o salto ocorreu de forma perfeita”, comemora Aguiar, que destaca a relevância do evento para futuras operações voltadas a operações de elite.
A iniciativa abrirá portas para que outros cães policiais possam ser treinados para esse tipo de infiltração aérea. A expectativa é de que novos saltos sejam realizados, tanto como reforço ao treinamento quanto em missões que exijam esse nível de mobilidade e sigilo. “Esse primeiro salto também serviu para comprovar que o cão pode realizar infiltrações com segurança”, afirmou Albuquerque, reforçando a importância dessa inovação para as práticas da Polícia Militar.
O futuro dos cães policiais no Brasil
O feito de Coyote não só representa uma inovação na atuação das forças de segurança, mas também demonstra a evolução das estratégias de combate ao crime. A introdução de cães como parte das operações aéreas será um divisor de águas para a eficácia das intervenções policiais nas áreas urbanas e rurais do Brasil.
Com a realização desse salto, a SSP abre espaço para que o treinamento com K9 avance para novas fronteiras, permitindo que as forças policiais se adaptem melhor às situações que exigem respostas rápidas e eficientes. A presença de Coyote como pioneiro nesse contexto é um exemplo de como a tecnologia e treinamento inovador podem ser aliados na luta contra o crime, trazendo mais segurança para a população.
Diante dessa nova realidade, a expectativa é que o trabalho com cães policiais cresça e se diversifique, permitindo que outros cães, assim como Coyote, sejam integrados na estrutura de operações especiais da polícia, atualizando as táticas e garantindo a segurança da sociedade.
Para mais detalhes sobre o salto de Coyote e suas implicações, siga as atualizações no g1 Itapetininga e Região.