Brasil, 22 de maio de 2025
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Clubes da Série A e B boicotam eleição da CBF

Vinte clubes decidiram não participar da eleição da CBF como protesto contra a falta de democracia e transparência no processo eleitoral.

Na última quarta-feira, um grupo de 20 clubes das Séries A e B anunciou, em uma nota oficial, que seus representantes não comparecerão à eleição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), marcada para este domingo. A decisão surge como um protesto em defesa de “democracia, transparência e representatividade” no futebol brasileiro, evidenciando a insatisfação com o atual sistema eleitoral da entidade.

O contexto do boicote

Dentre os clubes que decidiram se ausentar da votação estão gigantes do futebol brasileiro, como Flamengo, Corinthians e São Paulo, além de outras equipes de destaque, como Internacional e Atlético-PR. A lista completa inclui América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Santos e Sport.

O boicote evidencia um descontentamento generalizado em relação a como as eleições têm sido conduzidas, sem a devida representação e participação do número considerável de clubes que sustentam o funcionamento da CBF.

Quem é o único candidato?

Neste pleito, apenas um candidato está na disputa para suceder Ednaldo Rodrigues à frente da CBF: Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol. Com 25 federações apoiadoras (exceto São Paulo e Mato Grosso) e 10 clubes, Xaud conseguiu viabilizar sua candidatura ao inviabilizar seu concorrente, Reinaldo Carneiro Bastos, que contava com o apoio de aproximadamente 30 clubes, mas apenas duas federações. Para que um candidato possa registrar sua chapa, é necessário o apoio de ao menos oito federações.

A importância do voto remoto

A eleição está agendada para às 10h30 de domingo, na sede da CBF. Para evitar conflitos de agenda e não prejudicar os clubes que estão disputando partidas do Campeonato Brasileiro, a entidade permitirá o voto remoto.

A carta aberta dos clubes

Na declaração divulgada, os clubes enfatizam a necessidade de um futuro pautado por princípios democráticos e de transparência. Eles afirmam que, apesar da ausência na votação, se mostram abertos ao diálogo com a nova gestão a partir da próxima semana. O conteúdo da carta reitera a frase: “sem clube não tem futebol”, destacando o papel central que as equipes desempenham no ecossistema do futebol nacional.

A nota conclui sua mensagem propondo um debate sobre como mudar o processo eleitoral e outras demandas que visem um futebol melhor para todos. A repercussão desse boicote e os desdobramentos que surgirão a partir dele serão cruciais para o entendimento da crise de representatividade enfrentada pela CBF.

Visão para o futuro do futebol no Brasil

O movimento dos clubes vai além de um simples ato de protesto; ele representa uma chamada à ação por mudanças estruturais que visem à redemocratização do futebol brasileiro. A expectativa é que a nova gestão da CBF esteja atenta a essas reivindicações e busque formas de reformular o processo eleitoral, garantindo que todos os clubes tenham voz ativa nas decisões que impactam o cenário do futebol no país.

A eleição de Samir Xaud, caso se confirme, marcará o início de um novo ciclo, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que a classe futebolística brasileira conquiste um espaço de devida participação e representatividade em sua própria governança.

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