Na Escola Municipal Dom Luis do Amaral Mousinho, localizada nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto, um problema tem causado preocupação entre pais e alunos. Há mais de dois meses, os estudantes do sexto ao oitavo ano do ensino fundamental estão sem aulas de matemática, após a saída da professora de licença-maternidade, e até agora nenhum docente foi contratado para substituí-la.
Falta de professores afeta o aprendizado
A ausência de um professor de matemática tem gerado repercussões negativas no aprendizado dos alunos. Segundo relatos de pais, a situação está se tornando cada vez mais insustentável. “As crianças estão perdendo conteúdos essenciais, o que pode prejudicar o desempenho delas no resto do ano letivo”, afirma Maria Silva, mãe de um aluno que estuda na escola. Ela destaca a importância da disciplina na formação acadêmica dos filhos, especialmente nesta fase crucial de aprendizado.
Além disso, muitos alunos estão se sentindo desmotivados devido à falta de aulas regulares. “É frustrante não ter as aulas que precisamos”, diz João Pedro, um estudante do oitavo ano. Os alunos afirmam que, sem o auxílio de um professor qualificado, têm dificuldade em entender matérias que, em algum momento, serão essenciais para suas trajetórias escolares e profissionais.
Descontentamento dos pais
A insatisfação dos pais não se limita apenas à falta de aulas. Eles também expressam preocupação com a comunicação da escola e a integração entre a gestão e a comunidade escolar. “Entendemos que a licença-maternidade é um direito da professora, mas a escola deveria ter um plano B para essas situações. Não podemos deixar nossos filhos sem aulas por tanto tempo”, reclama Ana Costa, que é mãe de um aluno do sexto ano.
Os pais organizaram uma reunião para discutir a questão e planejam solicitar explicaçõe isso à direção da escola e à Secretaria de Educação da cidade. Eles esperam que, diante da pressão da comunidade, a administração municipal tome alguma providência para resolver a situação. “Não queremos mais promessas, queremos solução”, enfatiza Maria Silva.
Situação nas escolas municipais
A falta de professores e a dificuldade em contratar novos docentes têm sido um assunto recorrente em diversas escolas municipais do Brasil, especialmente em áreas com mais necessidade de professores qualificados. As razões para essa escassez incluem não apenas a baixa remuneração, mas também a burocracia envolvida nos processos de contratação.
A Secretaria de Educação de Ribeirão Preto ainda não se manifestou sobre o caso específico da Escola Municipal Dom Luis do Amaral Mousinho. No entanto, especialistas em educação afirmam que é vital que as autoridades competentes atuem rapidamente para evitar que outros alunos enfrentem problemas semelhantes. “Cada dia a mais sem aulas é uma perda significativa na formação dos alunos”, alerta o educador Marcos Pereira.
Possíveis soluções
Diante da crise, a contratação emergencial de professores temporários poderia ser uma solução viável para mitigar os efeitos da falta de docentes. Outra alternativa seria implementar aulas de reforço ou atividades extracurriculares que pudessem cobrir o conteúdo perdido enquanto a situação não é resolvida. “É preciso pensar em soluções criativas que atendam às necessidades dos alunos e que garantam a continuidade do aprendizado”, sugere a especialista em educação Ana Lúcia.
O caso da Escola Municipal Dom Luis do Amaral Mousinho é um reflexo de um problema maior que afeta muitas crianças e adolescentes em distintas instituições de ensino. Para que as futuras gerações tenham acesso a uma educação de qualidade, é necessária uma atuação efetiva por parte do governo e das autoridades escolares. A comunidade está atenta e disposta a lutar por um ensino mais justo e igualitário para todos os alunos em Ribeirão Preto.
Os pais e alunos continuam aguardando uma resposta e clamam por soluções rápidas. Até que medidas sejam devidamente implantadas, a ansiedade e a insatisfação permanecerão em evidência nas famílias afetadas.
