Brasil, 21 de maio de 2025
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Varejista britânica Marks & Spencer estima prejuízo de R$ 2,28 bilhões após ciberataque

A Marks & Spencer sofre um impacto de 300 milhões de libras devido a um ataque cibernético, afetando operações e vendas.

A varejista britânica de supermercados Marks & Spencer (M&S) anunciou nesta quarta-feira que o impacto do recente ciberataque, que a companhia vem sofrendo há várias semanas, pode chegar a 300 milhões de libras esterlinas, equivalente a cerca de R$ 2,28 bilhões. O ataque, que começou em meados de abril, trouxe sérias consequências para a operação da empresa e afetou a disponibilidade de produtos em suas lojas e no comércio eletrônico.

Consequências do ciberataque para a operação da M&S

No comunicado apresentado pela empresa, a M&S informou que essa estimativa de prejuízo não inclui as medidas de mitigação que estão sendo implementadas e que visam reduzir os impactos financeiros a longo prazo. “Nossa estimativa atual, antes da aplicação de medidas de mitigação, prevê um impacto de aproximadamente 300 milhões de libras no resultado operacional do grupo para o exercício de 2025/26”, destacou a empresa. Além disso, a M&S afirma que a gestão rigorosa de custos e outras ações comerciais ajudarão a minimizar o prejuízo.

A suspensão das vendas online e dos pagamentos por aproximação foram algumas das medidas necessárias para conter os efeitos do ataque. De acordo com a direção da M&S, essas perturbações continuarão até julho, o que poderá impactar ainda mais as vendas nos próximos meses.

Vendas prejudicadas nas diferentes linhas de produtos

O ciberataque teve um efeito direto nas vendas de alimentos, uma vez que a empresa enfrentou uma menor disponibilidade de produtos nas prateleiras. Embora a situação tenha começado a melhorar, a M&S reportou que o setor de moda, casa e beleza sofreu um impacto ainda maior, com as vendas online e o resultado operacional sendo substancialmente afetados pela suspensão das compras na internet.

Dados pessoais de clientes comprometidos

Em meio ao caos gerado pelo ataque, a M&S revelou que alguns dados pessoais de seus clientes foram roubados. No entanto, a boa notícia é que os dados de pagamento e as senhas das contas não foram comprometidos, o que oferece um certo alívio em uma situação já problemática.

Outras empresas afetadas pelo ciberataque

Além da Marks & Spencer, outras redes varejistas também foram vítimas de ataques cibernéticos recentemente. A Co-op, por exemplo, enfrentou um incidente similar, assim como os renomados armazéns londrinos Harrods, que foram forçados a restringir o acesso à internet de seus sites no início deste mês. Essa onda de ataques cibernéticos destaca a vulnerabilidade mesmo das empresas mais sólidas.

Resultados financeiros preocupantes

No contexto financeiro, a M&S registrou um lucro líquido anual em queda de quase um terço, alcançando 295,7 milhões de libras, em comparação com 431,2 milhões de libras no ano anterior. É relevante notar que esse resultado não inclui o impacto do ciberataque. A companhia anunciou que o lucro operacional, por sua vez, alcançou 984,5 milhões de libras.

À medida que a empresa tenta se recuperar do ciberataque, um dos principais desafios será a reposição da confiança dos clientes e a recuperação das operações de vendas online. A situação atual é uma lembrança de que a segurança cibernética é uma prioridade crescente para as empresas em todos os setores, afinal, os ataques podem ter repercussões drásticas tanto financeiramente quanto na reputação. A M&S, portanto, navegando em um ambiente complexo, terá a difícil tarefa de se restabelecer não apenas financeiramente, mas também em termos de confiança do consumidor.

Conforme a situação evolui, muitas perguntas permanecem sobre a segurança das informações dos usuários e as medidas de prevenção que podem ser adotadas pelas empresas para evitar tais ataques no futuro.

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