A partida entre River Plate e Platense, ocorrida na noite desta terça-feira, ficou marcada por uma série de erros de arbitragem e uma cena inusitada que rapidamente ganhou destaque nas redes sociais. Durante o sorteio dos pênaltis, Ignacio Vázquez, capitão do Platense, se recusou a manter contato visual com o árbitro Yael Falcón Pérez, como forma de protesto em relação às decisões questionáveis tomadas durante o jogo. A partida foi marcada por uma atuação controversa do juiz, que deixou muitos torcedores e jogadores insatisfeitos.
A atuação do árbitro em campo
Os erros na arbitragem começaram a se acumular ao longo do jogo. Um dos lances mais discutidos ocorreu no segundo tempo, quando Franco Mastantuono e Fernando Juárez se envolveram em um choque no meio de campo. Apesar de ambos jogarem de forma firme, o árbitro não marcou falta, permitindo que a jogada prosseguisse e o River Plate criasse uma oportunidade de gol, enquanto Juárez permanecia caído no gramado. Este tipo de decisão levantou questionamentos sobre a competência do árbitro e a falha em utilizar o VAR para corrigir suas decisões.
Decisões polêmicas e a expulsão não marcada
Outro momento que gerou indignação entre os jogadores do Platense foi a jogada envolvendo Marcos Acuña. Após uma entrada desleal, em que o jogador deixou as travas na perna de Juárez, a torcida esperava que Acuña fosse expulso, uma vez que já havia recebido um cartão amarelo anteriormente. O árbitro, porém, decidiu apenas assinalar uma falta, ignorando a gravidade da jogada. Essa decisão foi mais um ponto que alimentou a frustração da equipe visitante.
O lance crucial e o pênalti contestado
O clímax da partida aconteceu durante os minutos finais, quando o árbitro assinalou um pênalti para o River Plate durante uma jogada polêmica. Após uma cobrança rápida de lateral e uma sequência de passes, a falta em Borja levou a decisão de marcar a penalidade. No entanto, a jogada anterior, que resultou no lateral para o River Plate, foi considerada errada, pois o Platense acreditava que a bola havia saído em seu favor. A contestação se intensificou com a falta de intervenção do VAR, que não analisou a jogada anterior ao pênalti, gerando ainda mais revolta nos jogadores do Platense.
Protesto do capitão e a declaração do técnico
Durante o sorteio para a cobrança de pênaltis, Ignacio Vázquez demonstrou sua irritação ao não olhar para Falcón Pérez. Quando questionado sobre quem iria cobrar, falou: “Eu bato, eu bato”, sem nunca dirigir o olhar ao árbitro. Após o apito final, o técnico do Platense, Sergio Gómez, comentou em entrevista sobre as falhas do árbitro, concordando que ele errou em momentos cruciais, mas também ressaltou que erros são parte do jogo. A frustração de Gómez foi evidente, mas sua postura respeitosa se destacou quando ele admitiu que todos são suscetíveis a enganos, inclusive ele, em relação a suas escolhas de estratégia.
— O erro é parte do futebol. Estávamos próximos de um lateral claramente nosso, que poderia mudar o desfecho da partida. Esse erro poderia ter sido evitado e, se não estivéssemos enfrentando isso, talvez o pênalti não tivesse acontecido — afirmou o treinador, que também comentou sobre o reconhecimento do árbitro em relação aos seus erros.
Consequências e reações nas redes sociais
Cena como essa gera debates calorosos nas redes sociais, onde torcedores de ambos os lados expressam suas opiniões sobre a atuação do árbitro e as reações dos jogadores. O incidente só destaca a importância do VAR e da arbitragem em um esporte já tão pautado por variações e discussões. Enquanto o River Plate se prepara para seus próximos compromissos, o Platense deve lidar com as repercussões de uma partida que, apesar de ter terminado nos pênaltis, poderá ter impactos duradouros na confiança e moral de sua equipe.
As reclamações sobre erros de arbitragem não são exclusivas deste jogo, mas a forma como os atletas se manifestaram e a maneira como o juiz lidou com a situação são aspectos que merecem atenção. O futebol, além de ser uma cultura vibrante na América Latina, também deve promover o respeito, a ética e a justiça em campo.
