No dia 21 de maio de 2025, exatamente um mês após o falecimento do Papa Francisco, o cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Santo Padre, celebrou uma missa na Casa Santa Marta, local onde ele costumava fazer suas reflexões diárias. Este ato solene lembrou a importância do pontificado de Francisco e seu compromisso contínuo com os pobres, transmitindo uma mensagem de esperança e dignidade que marcou sua trajetória.
A íntima relação entre o Papa e o Santíssimo Sacramento
Na capela da Casa Santa Marta, que se tornou um templo de oração para muitos durante a pandemia, Krajewski enfatizou a devoção do Papa ao Santíssimo Sacramento. Ele descreveu como Francisco passava horas em adoração, buscando luz para as questões que surgiam na vida da Igreja. “O Santíssimo era como o sol para ele”, afirmou Krajewski, ressaltando que a sabedoria do Evangelho guiava as decisões do Papa e solucionava conflitos. “Ele sempre dizia: se não sabe o que fazer, busque no Evangelho o que Jesus faria em seu lugar”, compartilhou Krajewski, ecoando a prática de Francisco ao lidar com os problemas da Igreja e os desafios da vida.
Reflexões sobre a homilia do Papa
Durante sua reflexão, o cardeal também recordou a maneira singular como o Papa se preparava para suas homilias. Segundo Krajewski, Francisco dedicava seus momentos de intervalo e até mesmo o tempo antes de dormir para meditar sobre o Evangelho do dia seguinte, sublinhando partes que o tocavam e escrevendo notas nas margens das páginas. Essa prática evidenciava seu desejo profundo de conectar-se com as mensagens bíblicas e transmiti-las de forma autêntica e relevante aos fiéis durante as missas na Casa Santa Marta.
Um papa que viveu entre os pobres
O cardeal Krajewski também falou sobre a decisão do Papa Francisco de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, cercado por flores que simbolizavam a presença daqueles que mais amava. A simplicidade da sepultura – apenas com “Franciscus” – fala diretamente ao coração da teologia que Francisco viveu, ressaltando que os sacerdotes devem adotar uma vida de humildade, assim como Jesus viveu entre os miseráveis. O cardeal lembrou com carinho como, antes de cada viagem, o Papa se preocupava em levar os pobres até ele, expressando seu comprometimento com os marginalizados da sociedade.
A falta deixada por Francisco
No final da missa, Krajewski expressou sua saudade do Papa. “Sinto falta do sorriso dele, das suas piadas e das orientações simples que permanecem comigo para toda a vida”, disse o cardeal. As cartas escritas por Francisco, que muitas vezes traziam desafios, eram recebidas com um toque de humor e sabedoria. Krajewski recordou como, ao buscar conselhos, o Papa frequentemente o incentivava a resolver os problemas à luz do Evangelho, sempre mantendo o foco em Cristo e seu ensinamento.
Esta missa não apenas prestou homenagem ao legado de Francisco, mas também reforçou a necessidade de continuar seu trabalho em prol dos mais pobres e necessitados da sociedade. O Papa Francisco fez história com seu amor e compaixão, e suas lembranças continuam a ressoar fortemente nas vozes de todos aqueles que foram impactados pelo seu ministério. Em um mundo tão marcado pela desigualdade, a mensagem de dignidade e esperança permanece mais relevante do que nunca.
Com testemunhos tocantes e reflexões profundas, o cardeal Konrad Krajewski e os presentes na capela da Casa Santa Marta recordaram não apenas um Papa, mas um verdadeiro servo de Deus que dedicou sua vida a vivenciar os ensinamentos de Cristo.