Brasil, 21 de maio de 2025
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Dólar em queda e Ibovespa bate recorde histórico

A moeda norte-americana opera em baixa, enquanto a bolsa brasileira fecha acima de 140 mil pontos pela primeira vez.

Cotação do Dólar hoje. Foto: Diário do Povo.

Na última terça-feira (20), o dólar fechado apresentou um pequeno avanço de 0,26%, fechando a R$ 5,6692. No entanto, nesta quarta-feira (21), a moeda norte-americana opera em queda, sendo cotada a R$ 5,65 em um dia com poucos indicadores econômicos a serem considerados. Investidores estão cautelosos, avaliando as implicações do cenário fiscal tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Dólar e suas flutuações

No início da manhã de quarta, às 9h25, o dólar já mostrava uma queda de 0,23%, cotado a R$ 5,6564. O fechamento em alta na véspera acumulou também uma leve alta de 0,01% na semana, embora tenha apresentado uma queda de 0,14% no mês e uma perda de 8,26% no ano. Com essas oscilações, a moeda norte-americana tem demonstrado sinais de instabilidade, impactada por reavaliações de crédito e ansiedades sobre a economia dos EUA.

Impacto do rebaixamento da nota de crédito dos EUA

Recentemente, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de “AAA” para “AA1”. Essa mudança gerou um movimento de cautela nos mercados globais, levando a uma reação imediata nas cotações do dólar frente a outras moedas. O aumento da dívida pública americana, que já ultrapassa a marca de US$ 36 trilhões, acendeu um sinal de alerta entre investidores, especialmente diante das incertezas políticas envolvendo o governo de Donald Trump

Recordes na bolsa brasileira

O cenário da bolsa brasileira, por outro lado, contrasta com as incertezas do dólar. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, alcançou uma marca histórica, fechando a 140.110 pontos, um avanço de 0,34%. Os investimentos estrangeiros demonstraram otimismo, especialmente após o Morgan Stanley classificar o mercado brasileiro como “barato”. Com esse desempenho, o índice acumula alta de 0,32% na semana, 3,38% no mês e expressivos 16,09% no ano.

Expectativas para o futuro

Diante de um cenário incerto, espera-se que o mercado acompanhe atentamente a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo, que será publicado nesta quinta-feira (22). O mercado está ansioso por um possível ajuste fiscal que indique a intenção do governo em manter a meta fiscal para 2025.

Declarando estabilidade

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil, reforçou a necessidade da manutenção de juros em patamares elevados para controlar a inflação, o que pode impactar diretamente no consumo. Analistas advertem que aumentar os gastos públicos poderia dificultar o controle inflacionário, especialmente em tempos de incerteza econômica.

Concorrência de tarifas nos EUA

Ao mesmo tempo, o mercado está atentos a possíveis acordos comerciais dos EUA com outras nações. A expectativa é que acordos com países como China, Reino Unido, Índia e Japão possam auxiliar na mitigação dos impactos das tarifas impostas pelo governo Trump. As tarifas, embora possam proteger certos setores, têm o potencial de elevar preços finais e custos de produção, influenciando a inflação e causando uma possível desaceleração econômica global.

Conforme o cenário se desenrola, tanto no Brasil quanto nos EUA, a incerteza econômica continuará a ser um tema central nas discussões sobre a política monetária e fiscal. O que pode levar os investidores a ficar mais cautelosos em relação aos próximos passos das autoridades financeiras em ambos os países.

Por fim, o acompanhamento das medidas que o governo toma para estabilizar a economia brasileira será crucial para investidores, que buscam um sinal claro sobre a direção futura das políticas econômicas.

Para mais detalhes sobre o desempenho do dólar e os recentes avanços da bolsa brasileira, acesse G1 Economia.

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