O advogado Ricardo Pieri Nunes, que representa o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, protocolou um pedido de arquivamento na 7ª Vara Criminal de Brasília, onde alega que a prática de forçar cartões não configura crime de acordo com a legislação. Este movimento ocorre em meio à investigação sobre uma suposta manipulação de resultados relacionada ao jogador, focalizando um cartão amarelo recebido de forma proposital na partida contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023.
Argumentos da defesa
No documento enviado ao tribunal, Ricardo Pieri defende que a estratégia de forçar cartões é uma prática pública e amplamente aceita no meio do futebol, sendo frequentemente incentivada por técnicos e reconhecida por outros jogadores. “Não há dolo de fraudar o resultado, mas sim de se poupar fisicamente ou zerar a contagem de cartões para não desfalcar o time em jogos decisivos”, afirma o advogado. O caso foi amplamente repercutido por veículos de mídia, incluindo informações publicadas inicialmente pelo portal Léo Dias.
Próximos passos da investigação
A investigação de Bruno Henrique foi reaberta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) após novas evidências surgirem. A decisão do STJD veio após a Polícia Federal encaminhar um inquérito que resultou no indiciamento do jogador na esfera criminal. O presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, deu continuidade ao caso, deixando claro que a situação do atleta será revista em detalhes.
Responsável por auditar o caso
Segundo as diretrizes estabelecidas pelo STJD, Maxwell Borges de Moura Vieira, vice-presidente da entidade, será o auditor responsável pelo caso de Bruno Henrique. Ao término da investigação, o Tribunal avaliará se as evidências são suficientes para denunciar o atacante ou se o caso deve ser arquivado.
Consequências para Bruno Henrique
A situação de Bruno Henrique é delicada e pode ter repercussões significativas. Além das possíveis sanções que podem ser aplicadas pelo STJD, o jogador também enfrenta um ambiente tenso, considerando o impacto na sua imagem e na equipe do Flamengo. A prática de forçar cartões, embora comum no futebol, possui suas controvérsias e crítica, especialmente em um cenário que questiona a integridade do esporte.
Neste momento, a 7ª Vara Criminal de Brasília tem a responsabilidade de decidir se acolhe os argumentos da defesa de Pieri, o que pode levar ao arquivamento do inquérito. A comunidade esportiva e os torcedores aguardam ansiosamente as próximas movimentações nesse caso, que promete trazer mais desdobramentos nas próximas semanas.
Por fim, é fundamental ressaltar que a discussão em torno de práticas esportivas como o forçar cartões destaca a complexidade do mundo do futebol e a maneira como as táticas são interpretadas dentro dos limites da lei e da ética no esporte.