Brasil, 21 de maio de 2025
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Decreto que proíbe música nos quiosques do Rio é considerado ilegal

Especialista da FGV critica decreto que contraria lei de 2017 sobre música ao vivo nos quiosques cariocas.

Um recente decreto que visa proibir a execução de música ao vivo nos quiosques do Rio de Janeiro está sendo alvo de críticas e controvérsias jurídicas. O professor Felipe Fonte, da FGV Direito Rio, argumenta que o decreto é ilegal por conflitar com uma Lei Complementar aprovada em 2017 pela Câmara Municipal, que autoriza a apresentação de música ao vivo em determinados horários. Segundo ele, “o decreto e a lei colidem frontalmente”, e a legalidade do decreto pode ser questionada.

Entendendo o contexto da polêmica

A legislação carioca foi criada com o objetivo de regulamentar a música ao vivo em espaços públicos, visando fomentar a cultura e a economia local. A Lei Complementar aprovada em 2017 estabelece horários específicos em que a música pode ser tocada e foi amplamente discutida por representantes da sociedade civil, músicos e comerciantes. Entretanto, o novo decreto aparentemente introduz restrições adicionais, o que gerou um debate acirrado sobre seus efeitos e validade.

As implicações do decreto

O impacto de um decreto que proíbe música ao vivo nos quiosques pode ser significativo para a cultura carioca e para os empreendedores locais. Muitas vezes, a música ao vivo não apenas atrai clientes para esses estabelecimentos, mas também proporciona um ambiente vibrante e acolhedor para a comunidade. Proibições como estas podem, portanto, afetar o dinamismo cultural da cidade, levando à diminuição das oportunidades para músicos e uma redução no fluxo de visitantes nas áreas afetadas.

A posição da FGV e especialistas

O professor Felipe Fonte não é o único a criticar a legalidade do decreto. Outros especialistas em Direito e reguladores também expressaram preocupações semelhantes. A questão envolve não apenas o conflito legal entre o decreto e a lei complementar, mas também a importância de se respeitar as vozes da comunidade que se beneficiam da música ao vivo.

A questão da regulamentação

A regulamentação da música ao vivo nos quiosques é uma questão delicada, especialmente em uma cidade como o Rio de Janeiro, onde a cultura musical e os eventos ao ar livre são parte integrante da identidade da cidade. Muitos defendem que em vez de restrições, o foco deveria ser em uma regulamentação que equilibre o convívio pacífico entre os estabelecimentos e os moradores.

Próximos passos e possíveis desdobramentos

À medida que a discussão sobre a legalidade do decreto avança, há a expectativa de manifestações públicas e ações legais que podem surgir. A Câmara Municipal também pode ser pressionada a revisar a questão, considerando o impacto que uma proibição tão abrangente pode ter sobre a vida cultural e econômica da cidade.

A população e os comerciantes localizados nas áreas afetadas estão cada vez mais se mobilizando para tentar reverter as restrições. Muitas vozes pedem um diálogo mais aberto entre a administração pública e os cidadãos para encontrar soluções que respeitem tanto o direito ao lazer quanto a necessidade de manter a paz e a serenidade nas comunidades.

Enquanto isso, o debate sobre o papel da música ao vivo na vida urbana continua, levantando questões cruciais sobre expressão cultural, economia local e a função do governo na regulamentação da vida pública. Resta saber como essa situação se desenrolará e quais serão os próximos passos das autoridades. Este caso ressalta a importância da legislação clara e bem estruturada que respeite as vozes e as necessidades de todos os envolvidos.

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