Brasil, 21 de maio de 2025
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Identificação de foco da praga vassoura-de-bruxa da mandioca no Pará

O Ministério da Agricultura confirma praga em área indígena remota; saúde humana não é afetada, mas lavouras de mandioca estão em risco.

No último dia 15 de maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a identificação de um foco da praga conhecida como Vassoura-de-Bruxa da Mandioca no estado do Pará. A detecção ocorreu na Aldeia Bona, situada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no município de Almeirim, uma área próxima à fronteira com o Suriname.

Detecção e Análise da Praga

A confirmação do foco foi feita após uma análise realizada no final de abril por técnicos de defesa e inspeção agropecuária. Durante esta inspeção, duas amostras de material vegetal foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás. Os laudos oficiais que chegaram posteriormente corroboraram a presença da praga em ambas as amostras.

A região onde foi identificado o foco está em uma área remota e de difícil acesso. As comunidades indígenas que habitam essa localidade têm um vínculo administrativo com o estado do Amapá e estão distantes das principais zonas produtoras de mandioca do Pará. O acesso ao local é feito exclusivamente por meio de voos fretados.

De acordo com o Ministério da Agricultura, até o momento não há registros de suspeitas da praga em áreas comerciais de produção de mandioca. O governo federal esclarece que a Vassoura-de-Bruxa da Mandioca é diferente da praga que afeta o cacaueiro. Embora o fungo não represente risco à saúde humana, ele é extremamente nocivo às lavouras de mandioca, podendo causar sérios prejuízos econômicos.

Consequências da Praga para as Lavouras

A doença é responsável por causar uma série de deformidades nas plantas, como ramos secos, nanismo e a proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Os sintomas incluem ainda a clorose, murcha, seca das folhas e, em casos mais graves, a morte das plantas. Segundo informações do Mapa, a dispersão da praga se dá principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.

Histórico da Vassoura-de-Bruxa

A Vassoura-de-Bruxa da Mandioca foi detectada pela primeira vez em 2024, quando a Embrapa Amapá registrou a praga em terras indígenas no município de Oiapoque. Desde então, as autoridades vêm monitorando a situação e realizando diagnóstico em outros locais, concentrando esforços na prevenção e contenção da disseminação da doença.

A gestão de pragas é um tema de vital importância para a agricultura brasileira, principalmente considerando que a mandioca é um dos principais produtos agrícolas do país, além de ser um alimento básico para muitas comunidades. O impacto da Vassoura-de-Bruxa na produção pode ser devastador, não apenas para os agricultores, mas também para a economia local e nacional.

Medidas de Controle e Prevenção

Em face dessa nova descoberta, o Mapa e as autoridades estaduais deverão intensificar as ações de controle e prevenção, visando proteger as lavouras de mandioca no Pará e em outras regiões do Brasil. Isso inclui campanhas de conscientização entre os agricultores sobre a importância de prevenir a propagação da praga, bem como incentivar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis.

O acompanhamento contínuo e a pesquisa dedicada são essenciais para lidar com essa questão e minimizar os danos à produção. O Mapa se compromete a divulgar novas informações conforme a situação evolui e a se posicionar proativamente em relação a medidas que precisam ser tomadas a fim de assegurar a saúde das lavouras brasileiras.

Com um olhar atento para a situação, espera-se que ações efetivas possam conter a disseminação da praga, garantindo assim a continuidade da produção e a segurança alimentar em todo o país.

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