O Brasil enfrenta um desafio significativo em suas exportações de carne de frango, após o primeiro caso de gripe aviária ser identificado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, na última quinta-feira (15). O Ministério da Agricultura do país atualizou, nesta terça-feira (20), a lista de nações que suspenderam a importação do produto, trazendo preocupações para o maior exportador de frango do mundo.
Impacto das restrições nas exportações
De acordo com o levantamento feito pelo governo, 32 países, incluindo a China — o maior cliente do Brasil — suspenderam as compras de carne de frango oriunda do país. Além disso, todos os membros da União Europeia também impuseram restrições. Essa situação levanta questões sobre o impacto comercial que isso pode causar, visto que alguns bloqueios são totais, enquanto outros se aplicam apenas a áreas específicas.
Quando as restrições se concentram apenas na cidade de Montenegro, onde foi registrado o surto, o impacto comercial é reduzido, pois não existem exportadores ativos por lá. Essa é a situação da Arábia Saudita e do Japão, que decidiram suspender compras localmente mas sem afetar suas importações de frango de outras regiões do Brasil.
Por que a suspensão se justifica, mesmo sem risco à saúde?
Embora não haja risco para o consumo de carne de frango e ovos, as restrições são uma medida preventiva para evitar a contaminação de outras granjas em todo o mundo. A decisão de restringir importações busca proteger os rebanhos locais dos países importadores, prevenindo a propagação do vírus formado pela gripe aviária que afeta aves. O Brasil exporta frango para cerca de 160 países, sendo que alguns adotaram medidas drásticas em resposta a este surto, enquanto outros adotaram abordagens mais moderadas.
Lista atualizada de países com restrições
A lista dos países que suspenderam a importação de carne de frango do Brasil é extensa. Os países que impuseram restrições a toda a carne de aves do Brasil incluem:
- África do Sul
- Argentina
- Bolívia
- Canadá
- Chile
- China
- Coreia do Sul
- Iraque
- Malásia
- Marrocos
- Mexicano
- Paquistão
- Peru
- República Dominicana
- Sri Lanka
- Timor-Leste
- União Eurasiática (Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão, exceto Cazaquistão)
- União Europeia
- Uruguai
Além disso, os países que impuseram restrições apenas ao frango da região do Rio Grande do Sul incluem:
- Bahrein
- Bósnia e Herzegovina
- Cazaquistão
- Cuba
- Macedônia
- Montenegro
- Reino Unido
- Tajiquistão
- Ucrânia
E para aqueles que restringiu a compra somente da granja em Montenegro, destacam-se:
- Arábia Saudita
- Japão
Medidas para evitar novos surtos
O Ministério da Agricultura, comprometido com a segurança sanitária do setor, tem trabalhado em estratégias rigorosas para evitar a propagação da gripe aviária em granjas brasileiras. Essas estratégias incluem monitoramento constante, controle rigoroso de transporte de aves e informações claras sobre melhores práticas de manejo nos locais de produção. Com essas iniciativas, o governo visa proteger tanto a saúde animal quanto a economia nacional, essencial para a competitividade do Brasil no mercado global de proteínas.
À medida que o país lida com essas restrições, é imperativo que o setor avícola brasileiro permaneça vigilante e preparado para agir rapidamente diante de potenciais novos casos e desafios sanitários. A importância do frango na dieta brasileira e sua relevância nas exportações exigem uma resposta robusta e coordenada para mitigar impactos que possam afetar tanto os consumidores domésticos quanto os parceiros comerciais internacionais.
O futuro das exportações de carne de frango do Brasil dependerá não apenas da resolução deste surto específico, mas também da capacidade do país de manter sua reputação como fornecedor seguro de produtos avícolas de alta qualidade.
Para mais informações sobre o tema, acesse o link: G1.
