Brasil, 20 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Gleisi Hoffmann e Edinho Silva selam acordo para a candidatura no PT

A candidatura de Edinho Silva à presidência do PT foi unificada com um acordo estratégico envolvendo Gleisi Hoffmann.

A recente movimentação dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) mostra a união da maior corrente do partido em torno da candidatura do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, à presidência nacional da legenda. Este acordo, também envolveu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, garantindo que sua aliada, Gleide Andrade, permaneça à frente da tesouraria do PT. Este cenário é crucial, pois o controle das finanças é uma das chaves para a influência política dentro da sigla.

O contexto do acordo

O cargo de tesoureiro é de extrema importância e vinha gerando disputas internas dentro do PT. A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que representa cerca de 55% do diretório nacional, mostrou-se inclinada a apoiar Edinho em vez de continuar a disputa por uma indicação de aliados ao cargo. Essa mudança de estratégia foi vista como necessária para consolidar um apoio político mais forte em tempos de desafios internos.

Gleisi Hoffmann, que inicialmente não demonstrava entusiasmo pela candidatura de Edinho, começou a alterar sua posição após ser nomeada ministra. A partir de então, ela passou a trabalhar na construção de uma unidade no grupo majoritário do PT. O acordo que garantiu a continuidade de Gleide Andrade na tesouraria foi a peça chave que reduziu tensões e levou à construção desse consenso.

Os desdobramentos para a corrida presidencial do PT

Em paralelo, a influência da ministra ajudou a persuadir o prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, a abrir mão de sua candidatura contra Edinho, o que favoreceu ainda mais a trajetória do ex-prefeito paulista. Mesmo com a evolução do cenário, os líderes envolvidos, incluindo Gleisi, Edinho e Quaquá, negaram que o acordo tenha abrangido alocações de cargos, enfatizando apenas a necessidade de uma direção unificada para o partido.

Quaquá afirmou: “Ainda não há qualquer acordo em relação a cargos. O que há é o entendimento de que deve se constituir uma direção unitária, com a CNB tendo a maioria e um núcleo dirigente sólido e politicamente capaz de reoxigenar o PT.” O papel de Gleide na tesouraria foi elogiado por sua eficiência, mas as negociações sempre se apresentaram sob o manto da política e da necessidade de unidade.

Disputa interna e novas candidaturas

Ainda assim, Edinho não é o único concorrente no pleito. Outros nomes como Rui Falcão, ex-presidente do PT e representante da corrente Novos Rumos, Valter Pomar e Romênio Pereira, atual secretário de Relações Internacionais da legenda, também apresentaram suas candidaturas. O primeiro turno do Processo de Eleições Diretas (PED) está agendado para 6 de julho, e os candidatos recebem apoio do partido para articular suas campanhas e propostas entre os diretórios estaduais e municipais.

Enquanto Edinho e sua corrente se preparam para a disputa nacional, Quaquá intensificará sua atuação nas eleições estaduais do PT no Rio de Janeiro. A candidatura de seu filho, Diego Zeidan, para o diretório estadual representará um embate com o deputado federal Reimont, aliado de Lindbergh Farias. Essa disputa local reflete as tensões e embates maiores que ocorrem dentro da legenda em nível nacional.

A luta pelo controle regional e municipal

No diretório municipal do Rio de Janeiro, Quaquá também expressa apoio a Alberes Lima, enquanto a oposição se organiza em torno de Leonel de Esquerda, um nome que busca unir diferentes facções. Essas disputas são indicativas de um PT que navega por águas turbulentas, onde acordos e alianças são fundamentais para a sobrevivência política em uma atmosfera adversa.

Com as campanhas em andamento e o cenário eleitoral cada vez mais acirrado, a capacidade dos líderes no PT de manter a unidade enquanto trabalham para fortalecer suas posições será crucial. As próximas semanas prometem ser decisivas não apenas para Edinho Silva, mas para o futuro do partido como um todo.

A corrida pela presidência do PT é mais do que uma simples disputa interna; ela simboliza a luta pelo rumo estratégico da legenda em tempos de crise e sua capacidade de se reerguer e se adaptar às novas realidades políticas do Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes