Brasil, 20 de maio de 2025
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Fraudes no INSS: governo investiga uso de criptomoedas por associações

Ministro da AGU, Jorge Messias, destaca indícios de fraudes no INSS com uso de criptomoedas para ocultar patrimônio envolvido.

No Brasil, as investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganharam novos contornos. O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, revelou nesta terça-feira que o governo está apurando se associações criminosas utilizaram criptomoedas para esconder patrimoniais ilegais. Em uma época em que a tecnologia financeira avança rapidamente, a dificuldade de rastrear transações em criptomoedas traz desafios, mas a AGU afirma estar preparada para identificá-las.

Investigações em andamento

Durante uma entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, o ministro Messias explicou que no pedido de bloqueio realizado, foi solicitado ao judiciário um rastreamento a partir de corretoras de criptomoedas. “Queremos entender por onde esses recursos passaram e como foram utilizados”, afirmou Messias.

A AGU já havia indicado, no começo do mês, que existem “fortes indícios” de que organizações criminosas desviaram recursos de aposentadorias e pensões do INSS usando criptomoedas. Essa prática, se confirmada, pode ilustrar o uso sofisticado da tecnologia por grupos que visam burlar o sistema de seguridade social.

Possíveis mudanças nas contribuições

Além das investigações sobre fraudes, o ministro também falou sobre a possibilidade do governo acabar com os descontos de entidades associativas nas folhas de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS. Messias destacou que há alternativas viáveis, como o uso de ferramentas financeiras tradicionais, incluindo PIX e contas bancárias, que possibilitariam uma interação direta entre as entidades e seus associados.

“O governo está refletindo sobre o risco e os elementos de controle. Neste momento, estamos sendo muito cuidadosos com essa questão, mas é possível que tenhamos novas informações em breve”, declarou o ministro. A intenção é garantir a segurança dos aposentados e pensionistas frente a possíveis fraudes.

Impacto financeiro das fraudes

No dia 8 deste mês, a AGU anunciou que havia solicitado o bloqueio de bens e a quebra de sigilo de 12 entidades, cujo valor totaliza R$ 2,56 bilhões. Esse montante representa o prejuízo mínimo estimado até o momento, decorrente da atuação dessas associações. A situação é alarmante e exige ações enérgicas por parte do governo para lidar com as fraudes.

Além disso, outras seis empresas e oito pessoas foram incluídas no pedido de bloqueio, sob suspeita de intermediar pagamentos de propinas a funcionários do INSS e a pessoas próximas, com o objetivo de facilitar as fraudes. A investigação aponta que a propina destinada a servidores públicos pode ter alcançado R$ 23,8 milhões.

Essas novas informações ressaltam a complexidade e a urgência do problema. À medida que as investigações avançam, será fundamental que o governo adote medidas para proteger os direitos dos cidadãos e o patrimônio público.

O papel das criptomoedas nas fraudes

As criptomoedas, embora ofereçam segurança e privacidade, também podem ser um terreno fértil para atividades ilícitas, como evidenciado pelas revelações atuais. A dificuldade em rastrear esses ativos digitais apresenta um grande desafio para agências governamentais e de fiscalização. Portanto, a prioridade deve ser o fortalecimento das ferramentas e métodos utilizados para combater essas fraudes.

As regulamentações em torno das criptomoedas no Brasil também podem precisar ser revisadas para oferecer suporte às investigações e garantir maior transparência nas transações. Com a evolução do cenário financeiro e a adoção crescente das criptomoedas, fica claro que o Brasil deve estar preparado para enfrentar os novos desafios que surgem nesse contexto.

À medida que as investigações continuam, permanece a expectativa de que o governo divulgue mais detalhes sobre como pretende lidar com esses crimes e garantir a proteção dos recursos dos aposentados e pensionistas. A resposta do governo diante de situações como essa será crucial para a confiança pública nas instituições sociais e financeiras do país.

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