O cinema nacional continua a surpreender e trazer à tona histórias que emocionam e refletem a realidade de diversas comunidades do Brasil. Um exemplo disso é o filme “Manas”, dirigido pela talentosa cineasta Marianna Brennand. Com 1 hora e 41 minutos de duração e classificado para maiores de 16 anos, o longa-metragem narra a trajetória de Marcielle, uma adolescente de 13 anos que habita uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó, localizada na Amazônia.
A vida em uma comunidade ribeirinha
Marcielle vive com seus pais e três irmãos em um ambiente marcado pela simplicidade e pelas dificuldades da vida na região. A trama retrata não apenas a rotina de uma jovem que enfrenta os desafios cotidianos em uma das áreas mais isoladas do Brasil, mas também o impacto das tradições e das histórias familiares na formação de sua identidade.
O culto à irmã ausente
Um dos aspectos centrais do filme é a relação de Marcielle com sua irmã mais velha, Claudinha. A jovem partiu em busca de um futuro melhor, “arrumando um homem bom” nas balsas que transitam pela área. Essa escolha da irmã se torna uma referência constante na vida de Marcielle, que, influenciada pelas conversas de sua mãe, cultua a imagem de Claudinha como um ideal de sucesso e felicidade.
O simbolismo das balsas
As balsas que cruzam a região são símbolos de esperança e mudança. Elas representam não apenas a saída em busca de uma vida melhor, mas também uma forma de conexão entre as comunidades ribeirinhas e o restante do mundo. Através dessas embarcações, outras personagens e histórias entram na vida de Marcielle, ampliando suas perspectivas e levando-a a questionar o que realmente significa ser feliz.
Reconhecimento no cinema
O filme “Manas” já recebeu reconhecimento internacional, conquistando prêmios em festivais, incluindo o prestigiado Festival de Cannes. Esse sucesso evidencia o talento de Marianna Brennand e a importância de contar histórias que refletem as vivências de grupos marginalizados, como as comunidades ribeirinhas da Amazônia.
Recentemente, o filme foi exibido em uma mostra de cinema em Teresina, e a presença de Brennand ressaltou a relevância de suas obras e a força da narrativa brasileira no cenário global. “É importante que nossa história seja contada de forma verdadeira e sensível”, afirmou a diretora durante o evento.
Reflexões sobre o futuro
“Manas” não é apenas um relato sobre a vida em uma comunidade ribeirinha; é uma reflexão profunda sobre as escolhas, os desafios e os sonhos de uma geração marcada por tantas transformações sociais e econômicas. A trajetória de Marcielle é uma chamada à empatia e ao entendimento das realidades que existem além das grandes cidades e das narrativas tradicionais.
Com a mistura de drama, esperança e crítica social, o filme promete deixar uma marca significativa nos espectadores, convidando cada um a revisitar suas próprias histórias e relações familiares. “Manas” é uma obra que ressoa e que provavelmente será lembrada como um importante capítulo no cinema brasileiro contemporâneo.
A exibição do filme e o reconhecimento em festivais internacionais são um indicativo não apenas do talento de Marianna Brennand, mas também da força do cinema como ferramenta de transformação e conscientização social. Através de obras como “Manas”, o Brasil pode compartilhar suas histórias únicas e emocionantes com o mundo.
Para mais informações sobre o filme “Manas” e as obras de Marianna Brennand, acesse o [link da fonte](https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2025/05/20/apos-premio-em-cannes-marianna-brennand-exibe-filme-manas-em-mostra-de-cinema-de-teresina.ghtml).