Brasil, 20 de maio de 2025
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Brasil deve acelerar parcerias em educação e tecnologia, afirmam especialistas

Seminário no Rio de Janeiro destaca a importância da colaboração entre empresas, governo e instituições de ensino para o futuro do trabalho.

O avanço da inteligência artificial (IA) traz à tona não apenas a necessidade de uma mão de obra bem capacitada, mas também revela a importância de parcerias estratégicas entre empresas, instituições de ensino e o governo, visando preparar o Brasil para se destacar na nova era tecnológica. Essa foi uma das principais mensagens transmitidas durante o seminário “O futuro do mercado de trabalho”, realizado no Consulado Geral da França, no Centro do Rio de Janeiro.

Especialistas discutem o futuro do trabalho no Brasil

No evento, que contou com a presença de notáveis líderes do setor tecnológico e acadêmico, como Carlos Augusto Lopes, vice-presidente da IBM Consulting América Latina; Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm América Latina; Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa); e Rafael Segrera, CEO da Schneider Electric América do Sul, foram discutidos desafios e oportunidades que o país enfrenta.

A mediação do seminário foi realizada por figuras da imprensa, Glauce Cavalcanti, jornalista de O GLOBO, e Stela Campos, editora de carreira do Valor Econômico. O evento faz parte da iniciativa Caminhos do Brasil, promovida pelos jornais O GLOBO e Valor Econômico, além da rádio CBN, e patrocinada pelo Sistema Comércio.

Desafios da formação de mão de obra no Brasil

Os palestrantes expressaram a preocupação com a falta de mão de obra qualificada para atender às demandas do mercado, especialmente em um contexto de rápida evolução tecnológica. Marcelo Viana destacou: “O futuro é incerto, com mudanças constantes, tornando difícil prever as exigências do mercado em movimento. A IA, por exemplo, supera o desempenho de especialistas, fazendo com que as profissões que sobreviverão serão aquelas que exigem um conjunto diversificado de competências”.

Rafael Segrera complementou essa visão, enfatizando a importância de um diálogo ativo entre setor privado e academia, assim como o suporte governamental. Para ele, o Brasil precisa aprender com erros do passado para acelerar sua transformação educacional. “Iniciativas coletivas e individuais são bem-vindas, mas não o suficiente. É necessário um esforço conjunto entre governo, empresas e universidades”, afirmou.

Iniciativas em tecnologia e educação

Luiz Tonisi mencionou a colaboração da Qualcomm com instituições como a Unicamp, voltada para apoiar a inclusão de mulheres na universidade, além da criação de um hub para desenvolvedores no Brasil, que busca fomentar a inovação tecnológica. Segundo ele, “a expectativa é de que esse hub contribua para gerar um milhão de aplicativos, promovendo soluções em áreas diversas, de automóveis a óculos de realidade virtual.”

Porém, Tonisi também destacou as barreiras que ainda existem: “É fundamental abordar o temor em relação à IA e a carência de educação desde a base, pois muitos jovens ainda enfrentam dificuldades em matemática e o analfabetismo digital nas empresas é preocupante.”

O papel da inteligência artificial no futuro do trabalho

Além disso, Carlos Augusto Lopes da IBM comentou sobre a crescente adoção de agentes de IA que atuam como ferramentas de inteligência aumentada, otimizando a performance no ambiente de trabalho. “Nossa meta até 2030 é capacitar 30 milhões de pessoas através de uma plataforma educacional em conjunto com várias instituições”, expôs Lopes, destacando a importância da preparação para a nova era digital.

Segrera, por sua vez, abordou o desafio que as empresas enfrentam ao implementar as inovações da IA em suas operações. Ele chamou a atenção para o custo energético elevado e a necessidade de busca por eficiência. “A tecnologia, para ser sustentável, precisa ser economicamente viável”, destacou.

Conclusão: uma nova era de colaboração

O seminário deixou claro que o Brasil ainda está dando os primeiros passos em direção à plena integração da IA no mercado de trabalho. A conexão e colaboração entre empresas, universidades e governo são vitais para que o país possa não apenas acompanhar, mas se destacar na competitiva corrida tecnológica global. Tal esforço conjunto é essencial para garantir que a mão de obra brasileira esteja pronta para os desafios do futuro.

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