Brasil, 20 de maio de 2025
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Alerta para gripe: aumento de casos de influenza tipo A no Brasil

O Brasil registra aumento nos casos de gripe, especialmente na chegada do inverno; especialistas alertam sobre cuidados e vacinação.

Com o inverno se aproximando, o Brasil enfrenta um aumento preocupante nas hospitalizações causadas pelo vírus influenza tipo A, conforme relatado pelo Boletim InfoGripe da Fiocruz. Este crescimento das internações, que varia de moderado a alto, acende um alerta para a população, que deve redobrar os cuidados com as doenças respiratórias.

Aumento dos casos e sua relação com a pandemia

O pneumologista do Hospital de Base de Brasília, Ygor Mourão, explicou que esse aumento está diretamente relacionado a uma mutação genética no perfil transmissível do vírus após a pandemia. Durante o período de isolamento, a circulação do vírus foi drasticamente reduzida, e agora, a volta à normalidade trouxe uma versão mais forte do patógeno ao se disseminar.

“A falta de exposição natural ao vírus pode ter impactado as taxas de infecção, tornando a gripe mais intensa quando o vírus começou a circular novamente”, afirmou Mourão. A ocorrência de internações é mais alta durante as estações mais frias, como outono e inverno, períodos em que o ambiente se torna mais propenso à contaminação.

Características e vulnerabilidade

Além da gripe, as condições climáticas desenvolvem um cenário que favorece o aumento de resfriados comuns, que são transmitidos com facilidade em ambientes fechados. Os sintomas da gripe incluem febre, dor de garganta, tosse e dor de corpo, que podem variar em intensidade conforme a faixa etária.

O relatório do Ministério da Saúde indica que a Influenza A superou a Covid-19 em termos de mortalidade entre os idosos devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), além de ser uma das principais causas de óbito em crianças pequenas. Os grupos mais vulneráveis incluem idosos, crianças pequenas e pessoas com condições médicas pré-existentes.

Prevenção e cuidados essenciais

A vacinação continua a ser a melhor estratégia para prevenir complicações decorrentes da gripe, segundo recomendação do MS. As boas práticas, adotadas durante a pandemia, também devem ser mantidas.

“É essencial que as autoridades de saúde reforcem as campanhas de vacinação e a vigilância epidemiológica, além de garantir que informações adequadas cheguem ao público,” ressaltou Ygor Mourão. A vacinação disponível no SUS é fundamental, pois protege contra os subtipos do vírus gripal que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.

O retorno a hábitos de higiene e comportamento é crucial. A recomendação inclui a higienização frequente das mãos, uso de máscaras, isolamento social em caso de sintomas respiratórios, e a prática de etiqueta respiratória ao espirrar ou tossir.

Desafios no atendimento à saúde

No entanto, os centros de saúde enfrentam dificuldades, especialmente durante os meses mais frios. Com o aumento no número de casos gripais, os atendimentos se tornam sobrecarregados, o que pode significar uma assistência implícita e menos eficaz.

“Os hospitais frequentemente enfrentam superlotações, o que pode levar a negligência no atendimento,” comentou Mourão, destacando a necessidade de suporte adequado para a população durante a estação.

Tipos de vírus influenza

A gripe é causada por diferentes tipos de vírus influenza: A, B, C e D. O vírus influenza A é o mais prevalente e pode acometer tanto seres humanos quanto animais, tendo sido responsável por pandemias passadas. O vírus B é restrito a humanos e causa epidemias sazonais. O tipo C apresenta casos esporádicos e geralmente provoca infecções leves, enquanto o tipo D não causa doenças em humanos.

Com as temperaturas caindo e o aumento constante dos casos de gripe, é vital que a população permaneça alerta e tome as devidas precauções. A vacinação, aliada a práticas de prevenção, como as recomendadas durante a pandemia, pode ajudar a mitigar os efeitos da gripe e proteger os mais vulneráveis.

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