Com a aproximação da COP30, que será realizada em Belém, o Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans) enfrenta um desafio significativo: o aumento de atrasos e cancelamentos de voos. Nos primeiros quatro meses de 2025, mais de 106 mil passageiros experimentaram atrasos superiores a quinze minutos ou cancelamentos, o que representa uma alta de 10,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa situação levanta preocupações sobre a capacidade do aeroporto de atender a demanda durante eventos internacionais de grande porte.
Aumento de atrasos e cancelamentos
Segundo um levantamento da AirHelp, uma empresa especializada em assessorar passageiros lesados na obtenção de indenizações, a situação no terminal Júlio César Ribeiro é alarmante. A pesquisa revelou que 1 em cada 5 passageiros do aeroporto foi afetado por atrasos e cancelamentos, um aumento significativo em relação a 1 em cada 6 registrado no primeiro quadrimestre de 2024. Esse dado destaca a necessidade urgente de melhorias nos serviços prestados pelo aeroporto, principalmente com a grande demanda esperada para a COP30.
Impacto nos passageiros
Os impactos nos passageiros não param por aí. Em relação aos atrasos superiores a duas horas, 8,6 mil viajantes foram afetados, um número ligeiramente superior aos 8,3 mil em 2024. Tal situação preocupa não apenas os passageiros, mas também as autoridades locais e as companhias aéreas que operam na região, uma vez que uma boa experiência de viagem é fundamental para a imagem do estado e do país no cenário internacional.
Volume de passageiros e serviços prestados
Embora o número total de passageiros transportados pelo aeroporto tenha crescido para 634 mil até abril, com um aumento de apenas 1,4% em comparação ao ano anterior, a elevação significativa nos atrasos e cancelamentos é quase oito vezes maior do que o crescimento no volume de passageiros. Isso sugere que, embora mais pessoas estejam utilizando o aeroporto, os serviços não estão acompanhando essa alta demandada, o que pode gerar um colapso operacional quando todos os destinos do evento internacional forem atendidos.
A situação pede uma resposta rápida das autoridades. Medidas proativas, como melhorias na infraestrutura, otimização nas operações e diálogo constante com as companhias aéreas, são fundamentais para que o aeroporto possa atender a demanda esperada. Além disso, é importante que as companhias ofereçam informações claras e precisas aos passageiros afetados, permitindo que eles se programem de forma adequada ao utilizarem o aeroporto.
O que dizem as autoridades?
Até o momento, as autoridades do aeroporto e da cidade têm trabalhado em conjunto para encontrar soluções que minimizem os impactos. No entanto, a pressão aumenta à medida que a data da COP30 se aproxima. Com uma expectativa de grande afluxo de visitantes, incluindo líderes de diversas nações e jornalistas internacionais, o Aeroporto de Belém precisa estar preparado para garantir uma experiência segura e confortável a todos os que chegarem para o evento.
Consequências para a economia local
A expectativa é que a COP30 traga não apenas visitantes, mas também um aquecimento econômico significativo para a região. Por outro lado, atrasos e cancelamentos podem impactar negativamente essa dinâmica econômica, uma vez que turistas e delegações podem optar por outras localidades se não encontrarem soluções eficientes no Aeroporto de Belém. Assim, as autoridades devem agir rapidamente para reverter essa situação e garantir que a cidade esteja pronta para receber o mundo.
Em resumo, a necessidade de melhorias e atenção aos serviços do Aeroporto Internacional de Belém é urgente. O aumento de atrasos e cancelamentos em um período tão crítico como este não é apenas uma questão de logística, mas também de imagem e desenvolvimento econômico. Cabe agora a todos os envolvidos trabalhar em conjunto para que a cidade esteja à altura dos desafios que a COP30 traz.
