No recente Congresso da Fifa em Luque, Paraguai, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, expressou descontentamento com o atraso de Gianni Infantino, presidente da Fifa. Este incidente gerou ruídos nas relações entre as duas organizações, mas ainda assim, a Uefa enfatizou a continuidade da colaboração e a excelência do relacionamento com Infantino.
O atraso de Infantino gera desconforto
O Congresso da Fifa estava programado para começar em um horário específico, mas acabou tendo um atraso de mais de duas horas. Durante sua intervenção, Infantino pediu desculpas pelo “inconveniente”, referindo-se a um “pequeno problema” com o voo que o trouxe de sua viagem ao Catar e à Arábia Saudita, onde conversou com líderes mundiais.
Essa justificativa, no entanto, não convenceu os representantes europeus presentes. Delegados expressaram irritação, especialmente porque a viagem de Infantino pareceu priorizar interesses políticos em detrimento do evento programado. O atraso foi descrito como algo isolado, mas que simplesmente não deveria acontecer em um evento de tamanha magnitude.
Comunicação aberta, mas tensões persistem
A Uefa também emitiu um comunicado destacando que o recente incidente não reflete o bom relacionamento que mantém com a Fifa. “O incidente recente foi isolado e não reflete nossa colaboração contínua”, afirmou a Uefa. O elo entre Ceferin e Infantino, segundo a organização, é “marcado pela comunicação aberta e respeito mútuo”.
Entretanto, as tensões não são novas. Nos últimos anos, Ceferin e Infantino divergiram em vários assuntos, principalmente na proposta, que acabou sendo abandonada, de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos. Isso sinaliza que, embora haja um desejo de manter um bom relacionamento, a política do futebol global pode ser um campo fértil para desentendimentos.
Reações aos planos para a Copa do Mundo de 2030
Em relação ao futuro, Ceferin criticou publicamente a proposta de uma Copa do Mundo com 64 seleções em 2030, que visa celebrar o centenário do evento. Ele a chamou de “má ideia”, em uma referência à posição de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, que é favorável a essa ampliação. A postura de Infantino sobre esse tema ainda não foi divulgada, mas a expectativa é de que novas discussões aconteçam na busca de uma política mais coesa para o futebol mundial.
Impacto e futuro das relações entre Uefa e Fifa
Ainda que o encontro em Luque tenha tido um início conturbado, a expectativa é que a Uefa e a Fifa consigam avançar. A necessidade de colaborar em projetos futuros, incluindo as Copas do Mundo, é crucial para a integridade do futebol. Infantino deve refletir sobre o impacto de sua programação e a percepção de sua liderança em momentos importantes, enquanto a Uefa precisa continuar a buscar formas de colaboração que fortaleçam o futebol na Europa e globalmente.
Ainda assim, a questão sobre a construção de um plano que engaje as federações a um diálogo mais saudável deve ser uma prioridade. A confiança mútua e a comunicação aberta são essenciais para evitar que incidentes como o recente atrasos se tornem mais frequentes. O futuro do futebol depende da capacidade dessas organizações de trabalharem juntas em harmonia.
Em uma mensagem mais conciliadora, a Uefa reiterou que está comprometida com a colaboração e que busca avançar em iniciativas que beneficiem o futebol mundial. Este é um momento oportuno para reafirmar compromissos e fortalecer laços, essencial para a saúde do futebol global.