Brasil, 20 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

SBT proíbe tragédias e conteúdo policial nos telejornais

Em uma mudança radical, o SBT decide excluir tragédias de seus telejornais, priorizando conteúdos positivos e educativos.

O SBT anunciou uma reviravolta em sua linha editorial nesta segunda-feira, 19 de maio. Daniela Beyruti, vice-presidente da emissora e filha do fundador Silvio Santos, implementou uma nova política que proíbe a exibição de tragédias e reportagens policiais em seus telejornais. Esta iniciativa, informamente conhecida como “lei anti-desgraça”, é um reflexo da vontade de criar um conteúdo mais otimista e construtivo para sua audiência.

Mudanças estruturais e demissões no SBT

A mudança na programação teve um impacto imediato, resultando em demissões e reestruturações internas. A decisão foi comunicada em uma reunião emergencial com os editores-chefes dos principais noticiários da casa. A orientação foi clara: as pautas sensacionalistas estão banidas, e os telejornais agora devem se concentrar em conteúdos que eduquem e inspirem, promovendo “o lado bom da vida”, de acordo com fontes internas.

Em casos excepcionais, como tragédias significativas ou crimes de grande notoriedade, os jornais do SBT ainda poderão cobrir as notícias, mas sem utilizar imagens impactantes que possam chocar a audiência. Essa mudança afeta diretamente programas como o “Primeiro Impacto” e o “Tá na Hora”, que historicamente se destacaram por suas reportagens policiais e sensacionalistas.

A demissão de repórteres como consequência da nova política

Com a implementação dessa nova linha editorial, o SBT perdeu imediatamente dois de seus repórteres. Rafael Batalha, um dos principais apresentadores do “Tá na Hora”, foi demitido. Além disso, Rodrigo Garavini, que atuou como repórter e apresentador substituto do “SBT News”, decidiu aceitar uma proposta de outra emissora do interior do Brasil. Esse movimento gerou preocupação entre os jornalistas da emissora, muitos dos quais estão habituados a reportar conteúdo mais pesado.

A expectativa é que novas demissões possam ocorrer nos próximos dias, à medida que a adaptação ao novo estilo de cobertura se torna uma realidade. A mudança de foco pode ser um desafio para muitos profissionais que se sentiram confortáveis com temas que envolvem crime e tragédias, uma parte significativa da prática jornalística tradicional.

Repercussão e aceitação

A decisão de Beyruti gerou reações diversas entre os funcionários e a audiência do SBT. Por um lado, alguns apreciam a proposta de um conteúdo mais leve e positivo, que pode influenciar na forma como o público percebe as notícias. Por outro lado, há aqueles que consideram a mudança um retrocesso na liberdade editorial, colocando em risco o papel do jornalismo em informar sobre a realidade social.

A ideia de promover conteúdos que visam elevar o moral da audiência com histórias educativas e inspiradoras pode ser uma forma de o SBT tentar se distanciar de críticas que os meios de comunicação frequentemente recebem sobre a promoção do sensacionalismo. À medida que a emissora busca se reinventar, permanece a dúvida sobre se os telespectadores abraçarão essa nova abordagem ou se sentirão falta da adrenalina que acompanhava os telejornais anteriores.

O futuro do jornalismo no SBT

A transição do SBT para um modelo de jornalismo mais otimista pode servir como um teste para outras emissoras no Brasil. Com a incerteza sobre a aceitação do público esse novo formato, a emissora poderá precisar ajustar sua estratégia de comunicação conforme avança na implementação desta reestruturação. Enquanto a polêmica continua, os telespectadores observam com atenção como as mudanças afetarão o conteúdo oferecido e se os novos programas conseguirão atrair e manter a audiência.

Os próximos meses serão cruciais para o SBT no que diz respeito à adaptação a essa nova realidade e à resposta não apenas do público, mas também da equipe de jornalistas, que agora enfrenta a missão de reportar sobre um Brasil sob uma nova lente.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes