Brasil, 20 de maio de 2025
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Pacheco defende mandatos para ministros do STF e fim de decisões monocráticas

O senador Rodrigo Pacheco sugere mandatos para os ministros do STF e critica decisões monocráticas, em seminário em São Paulo.

No último seminário da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, realizado no Insper, em São Paulo, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentou uma proposta controversa: a adoção de mandatos para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, ele defendeu a limitação das decisões monocráticas que têm o poder de suspender leis e atos dos poderes Executivo e Legislativo. As declarações ocorreram na presença do decano da Corte, Gilmar Mendes, e levantaram discussões sobre a situação atual do Judiciário brasileiro.

Pacheco propõe uma nova estrutura para o STF

Em seu discurso, Pacheco enfatizou a necessidade de um prazo de permanência definido para os ministros do STF, sugerindo que isso poderia trazer maior estabilidade à jurisprudência no país. “Não um mandato de senador, de oito anos, e sim um período mais longevo, até para dar estabilidade de jurisprudência no país, mas que não seja um prazo de 30, 40 anos em um tribunal de apenas 11 membros”, afirmou o senador, destacando a importância de adaptar o funcionamento do judicatório às demandas sociais atuais.

Atualmente, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê tais mudanças está travada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sem relator designado. Pacheco já havia tentado pautar essa proposta em sua gestão enquanto presidente do Senado, mas não obteve sucesso.

Limitação das decisões monocráticas do STF

Além de propor mandatos para ministros, o senador Pacheco também se posicionou a favor de restringir as decisões monocráticas do STF. Atualmente, a proposta que limita o poder de juízes em suspender atos de presidentes da República, Senado e Câmara já passou pelo Senado e aguarda análise na Câmara. A proposta defende que tais decisões sejam tomadas sempre em colegiado, visando um processo mais democrático e transparente.

Durante o evento, Pacheco e Gilmar Mendes discutiram também a importância de restringir o acesso à Corte, evitando o que considerou um “terceiro turno” por meio de ações diretas de inconstitucionalidade propostas por partidos menores. Essas medidas, segundo o senador, são necessárias para garantir a seriedade e a eficiência do sistema judiciário.

Reflexão sobre o cenário político atual

Durante o seminário, que também contou com a participação de renomados professores de universidades internacionais e do economista Pérsio Arida, Pacheco comentou sobre outros temas relevantes da política brasileira. Ele expressou suas opiniões sobre as reformas da previdência, trabalhista e tributária, além de destacar a importância do teto de gastos.

O senador também fez críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando a postura negacionista do governo durante a pandemia. Ele destacou que os parlamentares frequentemente evitam o “mal maior” para o país, em uma época de desafios e incertezas políticas.

Propostas de alteração na reeleição e financiamento de campanhas

Pacheco se posicionou ainda a favor do fim da reeleição para o Executivo, defendendo um mandato único de cinco anos para presidentes. Ele argumentou que isso poderia inibir o populismo e a demagogia no cargo, além de limitar a dependência excessiva das redes sociais.

Após debates acalorados em relação ao volume do fundo eleitoral, estimado em R$ 4,9 bilhões para 2024, Pacheco também voltou a defender o retorno do financiamento privado de campanhas. Ele acredita que o sistema atual “definitivamente não deu certo”, apresentando uma grande usina de problemas e desconfiança por parte da sociedade em relação aos processos eleitorais.

Respostas às críticas sobre a transparência no orçamento

Por fim, o senador foi instado por Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, sobre a necessidade de uma revisão do Código Civil e sobre a crítica de que apenas o orçamento discricionário é mal utilizado. Pacheco concordou que se deve buscar melhorias nos critérios de distribuição e transparência por meio da Lei Geral dos Orçamentos.

Essas propostas e debates elevados durante o seminário revelam uma possível mudança de paradigma na gestão do poder Judiciário e Legislativo, refletindo um acirrado debate sobre a política brasileira contemporânea e o desejo de maior eficiência e comprometimento com a transparência e a democracia.

As declarações de Pacheco abrem espaço para discussões significativas sobre o futuro do sistema judiciário e político no Brasil, e como isso impacta diretamente a vida dos cidadãos. À medida que o debate avança, a sociedade espera ver mais clareza e ação sobre essas questões fundamentais.

Para mais detalhes sobre o evento e as declarações de Pacheco, acesse a fonte original.

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