Brasil, 19 de maio de 2025
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Operação internacional resulta na prisão de chefão do PCC na Bolívia

Investimentos em tecnologia e cooperação internacional foram cruciais para a captura de Tuta, um dos líderes do PCC.

A prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), na última sexta-feira (16/5), foi resultado de um esforço conjunto entre as autoridades brasileiras e bolivianas, apoiadas pela Interpol. Este importante desfecho foi detalhado em uma coletiva de imprensa pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pelo diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, na segunda-feira (19/5). A operação é vista como um marco na luta contra o crime organizado na América do Sul.

A importância da cooperação internacional

De acordo com Andrei Passos, a colaboração entre as forças policiais de diferentes países foi essencial para viabilizar a captura de Tuta. O diretor da PF destacou que a polícia boliviana identificou uma documentação irregular, cuja falsidade foi confirmada por meio da coleta de biometria facial do criminoso. Tuta estava utilizando um documento em nome de Maicon da Silva, que embora fosse válido na Bolívia, era irregular no Brasil.

“A identificação da falsidade documental foi crucial. A cooperação internacional e a presença da PF em vários países permitiram uma interação rápida com as autoridades bolivianas”, explicou Andrei.

O diretor ressaltou que a rapidez na comunicação entre a Interpol e a PF foi determinante para o sucesso da operação. “Foi quase instantâneo conseguir identificar que Marcos Roberto era um foragido do Brasil e isso deu segurança para as autoridades bolivianas realizarem a prisão em flagrante”, completou.

Como foi a operação de captura

A operação de captura de Tuta mobilizou não apenas a PF, mas também a Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC) da Bolívia, resultando em uma ação coordenada que cruzou fronteiras para garantir a prisão do criminoso. O resultado foi uma confirmação de que o trabalho conjunto é mais eficiente na luta contra facções criminosas.

“Quando um criminoso é considerado foragido internacionalmente, cabe a nós mobilizar os esforços necessários para a sua extradição ao Brasil”, disse Andrei Passos.

Após a identificação, a PF facilitou a transferência de Tuta ao sistema prisional federal brasileiro, com suporte das autoridades bolivianas. Segundo Andrei, a segurança durante essa transferência foi uma prioridade, destacando a importância da cooperação não só entre forças policiais, mas também na diplomacia.

O papel do governo brasileiro

O ministro Lewandowski destacou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na facilitação do processo. A estratégia adotada foi a expulsão de Tuta da Bolívia, uma alternativa frente à extraditação, que é um processo mais complexo e demorado.

“O presidente foi imediatamente informado da prisão e decidiu que o Itamaraty deveria ser envolvido para que uma solução rápida fosse encontrada”, explicou Lewandowski. Foi assim que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deslocou-se até a Bolívia e negociou a expulsão do criminoso, que havia sido preso em situação de risco devido à sua periculosidade.

“Optou-se pela expulsão devido à possibilidade de fuga e ao comprometimento da segurança pública”, concluiu Lewandowski.

A luta contra o crime organizado na América do Sul

A prisão de Tuta não é um caso isolado. O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, anunciou que a corporação planeja reunir todos os chefes de polícia da América do Sul para fortalecer a atuação contra o crime organizado, que tem crescido na região. Essas facções, segundo Urquiza, não respeitam fronteiras e precisam ser combatidas de forma conjunta.

“Estamos desenvolvendo um plano de segurança para a América do Sul, antecipando ações contra essas organizações criminosas. Em breve, teremos uma cúpula de líderes de polícia para debater ações mais efetivas”, afirmou Urquiza.

Tuta estava na Bolívia de maneira regular, mas representava uma ameaça constante à segurança pública. As autoridades continuam a investigar a presença de outros membros do PCC no país, avaliando ações futuras que possam garantir a segurança e a cooperação internacional no combate ao crime organizado.

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