Brasil, 20 de maio de 2025
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Ministro da Agricultura propõe fundo para crises sanitárias no Brasil

Fundo visa enfrentar a gripe aviária e proteger produtores rurais no Brasil em meio a crise sanitária.

No cenário preocupante da gripe aviária que avança pelo Brasil, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a criação de um fundo específico para enfrentar crises sanitárias no setor agropecuário. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (19), onde o ministro também abordou questões para minimizar os danos aos produtores afetados pela doença.

Criação de um fundo sanitário

De acordo com Fávaro, a proposta do fundo contempla a alocação de recursos tanto públicos quanto privados, destinado a situações críticas como a atual, em que o vírus H5N1 está presente em seis estados do Brasil. O ministro enfatizou que “as crises sanitárias estão cada vez mais constantes e mais vorazes”, e que atualmente não há um mecanismo que faça frente a esse tipo de situação no país.

“Esse tipo de mecanismo ainda não existe no Brasil, e eu defendo que seja criado”, ressaltou Fávaro.

Medidas de assistência aos produtores

Além de propor a criação de um fundo, Carlos Fávaro também mencionou outras iniciativas já disponíveis para ajudar os agricultores afetados. Ele indicou a possibilidade de prorrogação ou renegociação de dívidas, que serão analisadas caso a caso, permitindo uma maior flexibilidade para os produtores em momentos de crise.

Gripe aviária no Brasil

A situação atual em Montenegro, que registrou na última quinta-feira (15) cerca de 17 mil aves contaminadas, representa um desafio significativo. Parte das aves morrendo devido à doença e o restante foi abatido na tentativa de conter a propagação do vírus. Este foi o primeiro surto confirmado em uma granja comercial de produção no Brasil, o que é alarmante para o setor avícola.

O impacto econômico já é visível, com a suspensão temporária das importações de carne de frango brasileira por mercados importadores importantes, como a União Europeia, China e Argentina. Considerando que o Brasil é o maior exportador mundial desta proteína, tal medida pode trazer implicações severas sobre o setor.

Monitoramento da situação pela agricultura

O Ministério da Agricultura está em constante vigilância da situação e, até o momento, sete novos casos suspeitos estão sob análise pelo Serviço Veterinário Oficial. Dentre esses, três já foram descartados e localizados em Nova Brasilândia (MT), Triunfo (RS) e Gracho Cardoso (SE), enquanto outros casos em Aguiarnópolis (TO), Imbituba (SC), Salitre (CE) e Estância Velha (RS) permanecem sob investigação.

Sobre o risco de transmissão da doença para os humanos, Carlos Fávaro assegurou que não há motivos para alarmes. “Os colaboradores da granja afetada estão isolados e sendo monitorados. Fora quem manuseia as aves, o risco de contaminação é muito baixo”, afirmou o ministro.

O governo brasileiro está otimista com a possibilidade de que, se novos focos de infecção não forem detectados nos próximos dias, o país poderá retomar suas exportações em até 28 dias, segundo os protocolos internacionais estabelecidos.

Essa situação ressalta a importância de um plano estratégico robusto para enfrentar crises sanitárias, não apenas para proteger a saúde pública, mas também a sustentabilidade da agricultura brasileira, que é um dos pilares econômicos do país.

O debate sobre a criação do fundo e as medidas de assistência aos produtores são passos essenciais para garantir a saúde do setor agropecuário e a estabilidade de sua produção em tempos de crise.

Para mais informações sobre as medidas do governo e os impactos da gripe aviária, acesse o site do Metrópoles.

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