Brasil, 19 de maio de 2025
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Mercados reagem ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA

A queda no valor do dólar e do Ibovespa é um reflexo das preocupações com a economia americana após o rebaixamento da Moody's.

Na última sexta-feira (19), o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentos notáveis, com o dólar e o Ibovespa se ajustando a novas realidades econômicas. A moeda americana caiu 0,19%, sendo cotada a R$ 5,6685. Enquanto isso, o principal índice de ações da bolsa brasileira, o Ibovespa, recuou 0,11%, fechando aos 139.187 pontos. Este ajuste nos mercados veio em resposta ao recente rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência Moody’s, que agora classificou a maior economia do mundo com a nota “AA1”.

O impacto do rebaixamento da Moody’s

A decisão da Moody’s, anunciada na sexta-feira, foi motivada pelo crescimento substancial da dívida dos EUA e taxas de juros que se mostram significativamente mais elevadas em comparação a países com classificação semelhante. A agência ressaltou a incapacidade das administrações recentes e do Congresso norte-americano de chegarem a um consenso sobre medidas que revertam a crescente tendência de déficits fiscais anuais, juntamente com os custos crescentes de juros.

“As incertezas sobre a trajetória fiscal dos Estados Unidos intensificaram as preocupações entre os investidores”, explicou Kenneth Broux, chefe de pesquisa corporativa de câmbio e taxas do Société Générale. Ele afirmou que a situação atual do dólar serve como um lembrete da fragilidade da moeda americana, especialmente em um momento em que o governo tenta aprovar um orçamento no Congresso.

Dólar e Ibovespa: o que esperar?

Nesta segunda-feira (19), o dólar continuou a sua trajetória de queda, abrindo a R$ 5,65. O mercado analisava as consequências do rebaixamento e aguardava a divulgação do IBC-Br de março, que oferece uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Analistas também observaram que a expectativa de inflação para 2025 foi reduzida pela quinta semana consecutiva, conforme o relatório Focus do Banco Central, que manteve a projeção da taxa básica de juros a 14,75% ao ano.

Sobre o Ibovespa, o índice começou as operações a partir das 10h, seguindo a tendência da semana passada onde acumulou 1,96% de alta. Apesar da queda de 0,11% na última sexta-feira, o índice ainda se posiciona favoravelmente, com ganhos de 15,72% acumulados ao longo do ano.

Tensão entre EUA e seus parceiros comerciais

Além dos movimentos do dólar e do Ibovespa, os investidores também estão atentos às negociações comerciais entre os EUA e seus aliados. A tensão aumenta com as recentes declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre a possibilidade de impor tarifas a produtos importados. Essas tarifas podem aumentar custos e pressionar a inflação, impactando o consumo e ameaçando a recuperação econômica global.

Do lado da China, representantes pediram aos EUA um comportamento responsável, com foco na estabilidade do sistema financeiro internacional. Recentemente, surgiram notícias de que os EUA estão buscando acordos comerciais com a União Europeia, o que pode indicar um distensionamento nas relações comerciais.

Encerramento e considerações finais

O rebaixamento da Moody’s e suas consequências no valor do dólar e do Ibovespa ilustram a interconexão entre as economias globais e destacam a importância de um ambiente fiscal estável. A situação dos EUA reverbera em outros mercados, gerando reações em cadeia que podem afetar diversas economias, incluindo a brasileira.

Com os investidores observando atentamente as desenvolvimentos futuros, incluindo possíveis acordos tarifários e a evolução do PIB, o cenário permanece volátil e exige cautela. As próximas semanas poderão prometem ser decisivas para as direções que os mercados tomarão.

Essas movimentações refletem a complexidade da economia global e a necessidade de acompanhamento contínuo das políticas fiscais e monetárias, tanto nos EUA quanto aqui no Brasil.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa.

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