Brasil, 19 de maio de 2025
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Federações se mobilizam contra retorno de Reinaldo na CBF

Dirigentes de 25 federações estaduais expressam preocupação com tentativas de reabilitação de Reinaldo Carneiro Bastos à frente da CBF.

A corrida pela presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é marcada por intensas articulações e disputas. Recentemente, dirigentes de 25 federações estaduais, que apoiam o candidato Samir Xaud, assinaram um manifesto solicitando uma renovação na CBF. Este movimento demonstra a crescente preocupação com os esforços de clubes nos bastidores para reinstaurar Reinaldo Carneiro Bastos na disputa pelo comando da entidade.

Promoção de mudanças e resistência às velhas práticas

Os líderes desse movimento por transformação encaram a tentativa de reabilitação do presidente da federação paulista como uma clara ignorância ao recado dado pelas federações. Elas se organizaram na busca por um novo ciclo, um que ponha fim às práticas antigas e desgastadas que marcaram a gestão da entidade ao longo dos anos. A preocupação central é que a volta de Reinaldo poderia ser um retrocesso significativo nesse processo de reforma institucional que se almeja após a saída de Ednaldo Rodrigues, que foi afastado pelo judiciário por questões relacionadas à sua administração.

Últimos esforços para viabilizar a candidatura de Reinaldo

Informações indicam que os clubes ainda estão buscando a viabilização da candidatura de Reinaldo até a próxima terça-feira, prazo final para o registro das chapas na CBF. A eleição para a nova presidência está agendada para o dia 25 deste mês. Contudo, a candidatura de Reinaldo enfrenta obstáculos significativos, especialmente considerando o apoio que Samir Xaud já angariou, o que pode impactar diretamente as chances de sucesso do ex-presidente da federação paulista.

Reinaldo e sua trajetória na CBF

Reinaldo Carneiro Bastos está relacionado à diretoria da CBF desde 2010 e integrou gestões anteriores. Ele foi vice-presidente durante o mandato de Ednaldo Rodrigues, que foi severamente criticado por sua administração centralizadora e pelo distanciamento com as bases do futebol nacional. Este histórico levanta questões sobre a viabilidade de Reinaldo numa nova gestão, já que sua associação a práticas e estilos de liderança impopulares pode não ser bem recebida pelos federativos e pela comunidade futebolística como um todo.

Além disso, se suas ligações a gestões controversas, como as de Rogério Caboclo, afastado por denúncias de assédio sexual, e das administrações de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero — todos envolvidos em investigações no famoso escândalo Fifa Gate — não forem suficientes para deslegitimar sua candidatura, a resistência crescente de federações estaduais ao seu retorno está se tornando um fator decisivo nesse processo eleitoral.

Apoio a Samir Xaud e a situação dos clubes

Com a base de apoio se desenhando, vale ressaltar que além das 25 federações que estão ao lado de Samir Xaud, ele também conquistou o suporte de 10 dos 40 clubes que compõem as Séries A e B do campeonato brasileiro. Para que um candidato tenha sua candidatura registrada, é necessário o apoio de pelo menos 8 federações e 5 clubes. Nesse aspecto, a candidatura de Reinaldo, que contava com o respaldo de 30 clubes, não conseguiu receber o suporte necessário e, por isso, não foi registrada.

O clima entre as federações e os clubes parece estar mudando em direção a uma busca ativa por novos líderes e uma nova filosofia de gestão dentro da CBF. A abstenção em eleger figuras que foram parte do cenário de problemas e escândalos é um passo importante em busca de uma reorientação estruturante do futebol brasileiro.

A eleição que se aproxima é uma oportunidade não apenas para escolher novos líderes, mas também para firmar um compromisso por transparência e por práticas que atendam realmente às necessidades do futebol nacional. A mobilização das federações estaduais ao lado de Samir Xaud pode acentuar ainda mais essa mudança na cultura de governança da CBF, colocando um fim, ou pelo menos um freio, nas velhas práticas que tanto prejudicaram a imagem do futebol no Brasil.

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