Nos últimos dias, um vídeo manipulando a imagem do jornalista César Tralli tem circulado nas redes sociais, alegando que o Nubank está pagando indenizações a usuários cujos dados foram vazados. Contudo, essa informação é falsa e foi verificada pelo portal Fato ou Fake, que já desmentiu a publicação em outras ocasiões semelhantes.
O impacto das fake news nas redes sociais
As fake news têm se mostrado cada vez mais invasivas e perigosas, especialmente quando aproveitam a credibilidade de figuras públicas como César Tralli. O vídeo, que aparece como conteúdo patrocinado nas plataformas Instagram e Facebook, foi elaborado com o intuito de enganar usuários, levando-os a acreditar em uma promessa de compensação financeira.
Como a checagem identificou a fraude?
O Fato ou Fake recebeu informações de leitores, através do WhatsApp, que estavam preocupados com a veracidade da mensagem. Para esclarecer a situação, a equipe utilizou ferramentas de verificação, como a Hive Moderation, que indicou uma probabilidade de 99,9% de que o conteúdo fosse gerado por inteligência artificial. Além disso, a ferramenta AI Speech Classifier, da Eleven Labs, apontou 98% de chance de que o áudio também fosse falso.
Manipulação de conteúdo e perigos associados
No vídeo fraudulento, César Tralli é mostrado em um estúdio, e uma pergunta sobre compensação do Nubank aparece ao lado dele. A resposta atribuída a Tralli sugere que muitos usuários “já descobriram que têm dinheiro a receber” e que a consulta é rápida e gratuita. Essa técnica de manipulação de conteúdo cria uma sensação de urgência e incita os usuários a clicarem em links possivelmente fraudulentos.
Ao verificar a origem do material, a equipe do Fato ou Fake localizou um vídeo original de César Tralli publicado em seu perfil no Instagram em maio de 2024, onde o jornalista fala sobre temas diversos, mas sem qualquer relação com indenizações do Nubank. A prática de alterar áudio e apresentar informações enganosas é uma técnica comum entre golpistas.
O risco dos golpes online
Contudo, este tipo de publicação vai além da desinformação; ele representa um risco real aos internautas. Ao clicarem em links como “saiba mais”, os usuários podem ser redirecionados para páginas que tentam coletar informações pessoais, como CPF, telefone e endereço, ou até mesmo fazer transações financeiras de produtos e serviços que nunca serão entregues.
A resposta da Meta
Procurada para comentar sobre o caso, a assessoria de imprensa da Meta informou que conteúdos que têm como objetivo enganar ou fraudar usuários não são permitidos em suas plataformas. A empresa ressalta que está continuamente aprimorando suas ferramentas para reduzir a propagação de informações enganosas. Eles ainda incentivam os usuários a denunciarem conteúdos suspeitos, alinhando-se aos Padrões da Comunidade tanto do Facebook quanto do Instagram.
Checagens anteriores sobre César Tralli e Nubank
Este não é o primeiro caso que envolve César Tralli ou o Nubank. O Fato ou Fake já havia publicado checagens em relação a outros vídeos e anúncios falsos, onde se afirmava que o jornalista recomendava links para resgatar valores consideráveis do banco, ou que o Nubank estava pagando indenizações em quantias exorbitantes. Todos esses conteúdos se mostraram fraudulentos e enganosos, evidenciando a necessidade de atenção redobrada ao consumir informações na internet.
Em um cenário onde a desinformação se espalha rapidamente, pesquisas e verificações de fatos se tornam essenciais para salvaguardar os internautas de possíveis golpes. A consciência sobre a origem e a veracidade das informações é fundamental para evitar armadilhas que possam comprometer a segurança pessoal e financeira dos usuários.
Para mais informações e para contribuir com a checagem de notícias, o Fato ou Fake convida a adicionar seu número de WhatsApp e participar da comunidade de verificação.
O cuidado ao navegar nas redes sociais pode ser a diferença entre ser uma vítima de fraude ou um cidadão bem informado. Esteja sempre atento e busque fontes confiáveis antes de compartilhar ou acreditar em conteúdos que parecem bons demais para ser verdade.