Brasil, 17 de maio de 2025
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Gleisi Hoffmann alerta sobre CPMI e ressarcimento de vítimas do INSS

A ministra Gleisi Hoffmann afirma que a CPMI pode atrasar o ressarcimento das vítimas do escândalo do INSS, causando preocupações.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez declarações notáveis nesta sexta-feira, ressaltando que a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode atrasar o ressarcimento das vítimas. O governo federal, liderado pelo Palácio do Planalto, mantém uma postura crítica em relação à CPMI, mesmo com a assinatura de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) no requerimento para abertura das investigações legislativas.

A preocupação da ministra e suas implicações

Gleisi Hoffmann expressou preocupações significativas em meio à proposta da CPMI. Em um pronunciamento nas redes sociais, a ministra destacou que a comissão, considerando o ambiente político atual, pode não apenas comprometer o êxito das investigações policiais mas também retardar o processo de ressarcimento das vítimas. “Uma CPMI pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses”, explicou Hoffmann, enfatizando a necessidade de proteger as investigações de influências externas e vazamentos de informações.

Durante sua fala, a ministra enfatizou que o atual governo já tomou medidas para interromper os descontos indevidos nas aposentadorias, um problema que afetava os aposentados injustamente. “Este governo já suspendeu os descontos, acabando com o roubo aos aposentados. Demonstrou que levará as investigações até as últimas consequências e trabalha para ressarcir as vítimas o mais rápido possível”, afirmou.

Reunião no Palácio da Alvorada e posicionamento do governo

Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começaram a discutir a inevitabilidade da CPMI desde quinta-feira. Na manhã seguinte, Lula se reuniu com Gleisi, além dos ministros da Previdência Social, Wolney Queiroz, da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), também esteve presente. Essa reunião indica que o governo está ativamente buscando uma posição clara sobre o assunto e como isso pode impactar as investigações em andamento.

A CPMI é considerada uma prerrogativa do Legislativo e, segundo Gleisi, um instrumento importante para investigar ações corruptas que podem ter ocorrido na gestão anterior. “CPI é um direito das minorias e deve ser usada quando o governo não investiga ou acoberta desvios e corrupção”, disse a ministra, referindo-se à situação do governo anterior, que, segundo ela, falhou em lidar com a corrupção relacionada à pandemia e às irregularidades no INSS.

O legado das investigações em curso

De acordo com a ministra, a “engenharia criminosa contra os aposentados começou no governo passado”. Ela ressaltou que, sob a orientação do governo Lula, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal têm conduzido investigações em torno de 10 inquéritos que buscam responsabilizar os envolvidos no esquema. “A prioridade do governo agora, além de punir os responsáveis, é ressarcir as pessoas roubadas e aprofundar as investigações até as origens desses crimes”, escreveu Gleisi.

Essas declarações demonstram que, além da necessidade de apurar os fatos relacionados ao escândalo do INSS, há uma clara preocupação do governo em garantir que as vítimas não sejam prejudicadas durante o processo de investigação. O impacto que a CPMI pode ter sobre a agilidade do ressarcimento das vítimas torna-se, assim, um tema central nas discussões políticas atuais.

Com a instalação da CPMI ainda em debate, o cenário político continua a evoluir, e a população aguarda ansiosamente por desenvolvimentos que podem determinar o futuro do sistema previdenciário e a proteção dos direitos dos aposentados no Brasil.

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