Brasil, 17 de maio de 2025
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Desemprego no Brasil atinge 7% e revela desigualdades sociais

Taxa de desemprego subiu e grupos vulneráveis como mulheres e negros são os mais afetados, evidenciando as desigualdades no mercado de trabalho.

O Brasil enfrenta um cenário desafiador no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego atingindo 7% no primeiro trimestre de 2025, um aumento em relação aos 6,2% do final de 2024, conforme os dados divulgados pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Embora essa variação possa ter componentes sazonais, ela escancara as persistentes desigualdades que afetam diversos grupos dentro da população brasileira, especialmente mulheres, jovens e pessoas negras ou pardas.

Aumento do desemprego entre os grupos vulneráveis

As estatísticas revelam uma dura realidade. Entre as mulheres, a taxa de desemprego chegou a 8,7%, contrastando com os 5,7% registrados entre os homens. A diferença é ainda mais acentuada quando olhamos para o recorte racial. Os números mostram que a taxa de desemprego entre pessoas negras é de 8,0% e entre pardos, 8,4%, ambas superiores aos 7,0% observados entre brancos. Este panorama foi destacado por André Mancha, economista e gerente da JOI Brasil, uma iniciativa voltada para a promoção de oportunidades de emprego.

Desigualdade entre os jovens

A situação se agrava para os jovens. Na faixa etária de 14 a 17 anos, a taxa de desemprego é alarmante, alcançando 26,4%. Entre as pessoas de 18 a 24 anos, essa taxa é de 14,9%. Os dados evidenciam que as dificuldades enfrentadas por esses jovens no acesso ao mercado de trabalho continuam a crescer, refletindo um ciclo de desigualdade e insegurança econômica.

Alterações na composição da população desocupada

Outra questão significativa diz respeito à alteração na composição da população desocupada ao longo dos anos. Em 2012, os pardos representavam 49,0% dos 7,6 milhões de desempregados no país, enquanto os brancos eram 40,0% e os pretos, 10,2%. Nos dados de 2025, com cerca de 7,7 milhões de desempregados, a participação dos pardos subiu para 50,6%, enquanto a dos brancos caiu para 34,3% e a dos pretos aumentou para 14,1%. Essa evolução na composição demográfica dos desempregados reforça as desigualdades raciais persistentes no Brasil.

Impactos regionais nas taxas de desemprego

Além do recorte de gênero e raça, a análise das taxas de desemprego revela disparidades regionais significativas. Em estados como Pernambuco e Amazonas, a taxa chega a quase 14% para pessoas pretas e 12% para pardas, indicando que os obstáculos estruturais ainda são uma barreira significativa para esses grupos na busca por oportunidades de trabalho. André destaca que esses dados refletem os desafios contínuos que os grupos mais vulneráveis enfrentam para conseguir emprego e garantir a dignidade em suas vidas.

Os desafios adiante

O panorama atual do mercado de trabalho brasileiro é uma chamada à ação urgente para que políticas públicas eficazes sejam implementadas, visando a inclusão e a equidade no acesso a oportunidades de trabalho. A promoção de formação e capacitação, além do fomento a ambientes de trabalho que acolham a diversidade, são passos essenciais para diminuir essa lacuna histórica que marginaliza tales grupos sociais. Enquanto isso, a luta por condições mais justas e igualitárias no mercado de trabalho continua, desafiando a sociedade a refletir sobre seu compromisso com a igualdade e a justiça social.

As informações contidas nesta análise revelam a grave situação do desemprego no Brasil e as disparidades que afetam os grupos mais vulneráveis. Para que haja uma mudança real, é necessário um esforço conjunto entre o governo, a sociedade civil e o setor privado, para garantir um futuro mais justo e inclusivo para todos os brasileiros.

Mais detalhes podem ser encontrados no artigo completo mostrado [aqui](https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/05/desigualdade-no-mercado-de-trabalho-persiste-negros-jovens-e-mulheres-sao-os-mais-afetados.ghtml).

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