Brasil, 15 de maio de 2025
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Secretária de Saúde de Cuiabá gera polêmica com declaração sobre vacina

A secretária de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena, afirma ter adoecido após vacinação, gerando pedido de investigação por parte de deputado.

A secretária de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza Sampaio, provocou polêmica ao declarar que sofreu complicações de saúde após ser imunizada contra a Covid-19, levantando dúvidas sobre a eficácia da vacina. As suas declarações controversas motivaram o deputado estadual Valdir Barranco (PT) a solicitar ao procurador-geral de Justiça de Mato Grosso um procedimento investigativo para apurar a conduta da secretária, que, segundo ele, pode configurar infração funcional e conduta atentatória à saúde pública.

As declarações que geraram controvérsia

Durante uma entrevista ao podcast Pod Olhar, Lúcia Helena compartilhou sua experiência pessoal com a vacinação. Ela afirmou ter adoecido após receber a vacina, especificamente mencionando que desenvolveu uma pericardite algumas semanas após a imunização. “O fato é que adoeci depois de tomar a vacina”, declarou, expressando compreensão com o posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à vacinação.

As declarações da secretária rapidamente repercutiram, gerando reações tanto de políticos quanto da comunidade médica. Valdir Barranco, preocupado com a possibilidade de que suas palavras possam impactar a confiança da população nas vacinas, formalizou sua inquietação em um ofício, protocolado na terça-feira (13/5), pedindo que a situação seja investigada para averiguar possíveis danos à saúde pública e à imagem da Secretaria Municipal de Saúde.

Defesa da secretária e posicionamento do prefeito

Abilio Brunini, prefeito de Cuiabá, saiu em defesa de Lúcia Helena, afirmando que cada organismo reage de maneira distinta às vacinas. Segundo ele, a experiência negativa da secretária não significa que todos terão a mesma reação. “Cada corpo reage de uma forma diferente. E se fez mal para ela, não significa que vai fazer mal para todo mundo”, argumentou.

Brunini também ressaltou que a Covid-19 está sob controle na cidade e que as vacinas têm se mostrado eficazes. Além disso, o prefeito mencionou a existência de inúmeras variações do vírus e que a eficácia das vacinas foi frequentemente questionada de forma técnica e científica, não política.

Implicações da declaração

O ofício enviado por Barranco destaca que as declarações de Lúcia Helena podem ser entendidas como uma infração funcional, colocando em risco não apenas a saúde pública, mas também a credibilidade das campanhas de vacinação que têm sido tão cruciais na luta contra a pandemia. “O cuidado com a comunicação sobre vacinas é essencial, especialmente em tempos em que a desinformação se espalha rapidamente”, enfatiza o deputado em seu documento.

Repercussão e contexto nacional

A discussão sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil tem estado repleta de polarizações. A declaração da secretária ocorre em um clima de crescente desconfiança e discussões acaloradas em torno da vacina, o que só torna mais urgente a necessidade de esclarecimento e apoio à vacinação, especialmente considerando as novas variantes do vírus que continuam a emergir.

A medicina e a ciência devem ser os pilares para a tomada de decisões de saúde pública, e a comunicação de saúde deve ser cuidadosa ao abordar efeitos adversos, assegurando que a população não perca a confiança nas vacinas que demonstraram eficácia ao longo da pandemia.

O papel das autoridades de saúde

As autoridades de saúde têm um papel fundamental em fornecer informações precisas e em desmistificar mitos acerca das vacinas. Em um momento em que a saúde pública está em jogo, é vital que qualquer desconfiança ou hesitação sobre a vacinação seja abordada com responsabilidade e clareza. A confiança da população nas vacinas é um componente crítico para a superação da pandemia.

É crucial que a situação envolvendo a secretária de Saúde de Cuiabá seja investigada minuciosamente, não apenas em busca de esclarecimento, mas para garantir que informações corretas e fundamentadas prevaleçam, assegurando que os avanços na vacinação e na saúde pública não sejam comprometidos.

A expectativa agora é que as autoridades façam sua parte, tanto na investigação da conduta da secretária quanto na promoção de campanhas informativas que sustentem a importância da vacinação como um ato de cuidado coletivo e proteção para todos.

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