Em meio às crescentes conversões e mudanças religiosas, Robert Francis Prevost, enquanto pároco da paróquia de Nossa Senhora de Monserrat, em Trujillo, no Peru, deixou uma marca indelével na vida de muitos jovens. Através de sua abordagem pastoral, Prevost engajou os jovens em atividades que fomentavam a espiritualidade e a alegria comunitária, tornando-se não apenas um líder religioso, mas um autêntico pastor que caminhou junto à sua comunidade.
A carreira pastoral de Prevost em Trujillo
No início da década de 1990, Prevost foi um dos fundadores da paróquia de Nossa Senhora de Monserrat no bairro de Monserrate, em Trujillo, a segunda cidade mais populosa do Peru. David Carranza, um jovem membro do grupo Igreja Juventude, relembra com carinho sua experiência sob a liderança de Prevost, afirmando que “sua maneira de pregar nos fazia sentir que Cristo estava verdadeiramente presente entre nós”. Essa conexão genuína ajudou a moldar a fé de muitos jovens, que viram na figura do pároco um mentor e amigo espiritual.
O impacto do trabalho pastoral no grupo de jovens
Através do grupo ¨Jóvenes Amigos de Cristo¨, Prevost promoveu um espaço onde os jovens podiam não apenas aprender, mas também experimentar a vivência comunitária. Carranza ressalta que Prevost acreditava em cada um dos jovens que participavam, proporcionando espaço para que assumissem responsabilidades e se envolvessem ativamente na vida da Igreja. A experiência foi tão marcante que Carranza, agora casado e com filhas, continua a transmitir os valores que aprendeu na juventude, enfatizando a importância de educar as próximas gerações na fé.
Uma paróquia transformada
A transformação liderada por Prevost transcendeu apenas os jovens; toda a paróquia de Nossa Senhora de Monserrat se transformou em um ambiente acolhedor e vibrante. Durante sua liderança, a paróquia promoveu uma série de atividades de solidariedade e encontros de fé, descentralizando suas ações para outras áreas da cidade. Carranza descreve essa mudança como uma revolução profunda, onde a paróquia passou a ser vista como uma comunidade dinâmica e alegre, marcada pelo compromisso com a missão evangelizadora.
Reações profundas à eleição do Papa Leão XIV
No dia em que Prevost foi eleito Papa, Carranza completou 43 anos e ficou surpreso e emocionado com a notícia. “Senti um misto de espanto, gratidão e orgulho. Lembrei-me das lições que aprendi com ele, da sua humildade e do seu abraço caloroso”, disse Carranza. Essa onda de emoções não é exclusiva dele; muitos que foram tocados pela dedicação de Prevost se uniram para orar e celebrar sua nova posição, destacando o impacto duradouro que ele teve em suas vidas.
A importância da pastoral jovem
Leão XIV, que antes de sua eleição como Papa era conhecido por sua habilidade de acolher, escutar e orientar os jovens, representa uma nova esperança para muitos. Sua experiência pastoral e seu amor genuíno pelos jovens são vistos como essenciais para a revitalização da Igreja, que nos dias atuais enfrenta diversos desafios. Carranza destaca: “Prevost não é um homem de poder, mas sim um homem do Senhor”, enfatizando a necessidade de construir comunidades a partir de uma experiência genuína e do cuidado mútuo.
Um legado que perdura
O legado de Prevost, agora Papa Leão XIV, é um testemunho poderoso de que a fé e a liderança espiritual têm o poder de mudar vidas. Para aqueles que cresceram sob sua orientação, ele sempre será lembrado como “o padre Robert”, um verdadeiro pastor que os ensinou a viver o Evangelho e a construir o Reino de Deus. Com um sentimento profundo de esperança, Carranza conclui: “Sua experiência pastoral e seu espírito agostiniano podem dar esperança a uma Igreja que precisa retornar ao essencial.”