Brasil, 15 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ministro da Fazenda anuncia medidas pontuais para meta fiscal

Fernando Haddad promete ações para garantir resultado primário zero e nega reajuste no Bolsa Família.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que na próxima semana enviará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “medidas pontuais” com o objetivo de assegurar o cumprimento da meta fiscal de déficit zero para o ano de 2025. Em uma coletiva, Haddad desmentiu rumores sobre um possível pacote de medidas destinado a aumentar a popularidade do governo, o que incluía especulações sobre o aumento do valor mínimo do Programa Bolsa Família e outras ações voltadas para o setor de energia.

“As únicas medidas que estão sendo preparadas para levar ao conhecimento do presidente [Lula] são medidas pontuais para o cumprimento da meta fiscal”, afirmou o ministro, que eximiu a ideia de um novo pacote financeiro, como o que foi aprovado no final do ano passado.

Medidas para restrição fiscal

Haddad explicou que essas medidas visam enfrentar “gargalos” que impactam as receitas e elevam as despesas do governo. “Não dá nem para chamar de pacote, porque são medidas pontuais”, comentou, ressaltando a importância de foco nas situações específicas que sacrificam o orçamento.

De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano, o governo deve apresentar um resultado primário nulo, ou seja, sem déficit ou superávit. Contudo, existe uma margem de tolerância que permite um déficit de até R$ 31 bilhões, equivalente a 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que o Brasil está implementando seu novo arcabouço fiscal.

Bolsa Família e orçamento do MDS

Um dos pontos altos da coletiva foi a negativa de Haddad em relação a qualquer pedido do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para reforçar o orçamento do Bolsa Família. O ministro enfatizou que não há espaço fiscal para ampliações nos orçamentos de nenhum ministério, afirmando: “Não tem demanda, estudo, pedido de orçamento para o MDS. Zero.”

Haddad reforçou que o orçamento do MDS permanece o mesmo que foi estipulado inicialmente, e as expectativas de alterações para o valor mínimo do Bolsa Família, trazendo-o para R$ 700 até 2026, não estão em pauta, pois a discussão do Orçamento para o próximo ano ainda não começou.

“As pressões, as dificuldades, nem começaram a ser discutidas. Não tem nenhum estudo a respeito. Agora, você quer inventar um problema para ajudar o especulador a ganhar dinheiro? O problema não pode ser meu”, declarou. “Estou aqui para esclarecer que o Orçamento para 2026 nem começou a ser discutido. Começa a ser discutido no final de junho, começo de julho”, completou.

Expectativas futuras

Com as declarações do ministro, fica claro que o governo ainda está enfrentando uma gestão fiscal delicada, e é fundamental que as medidas a serem apresentadas na próxima semana sejam eficazes para equilibrar as contas públicas. Haddad sabe que qualquer novo ajuste pode, de fato, impactar a vida dos brasileiros e a percepção popular do governo. Apesar de promessas e expectativas de melhorias, a realidade da administração fiscal é complexa, e o caminho a seguir pode ser desafiador.

Por fim, é crucial que a equipe econômica do governo continue monitorando o cenário e esteja pronta para adaptar suas estratégias, respeitando as limitações orçamentárias e visando sempre o bem-estar dos cidadãos. O equilíbrio entre as ações econômicas e o apoio social será vital na busca por uma estabilidade fiscal duradoura.

Esse é um momento importante para a gestão financeira do país, e as decisões que forem tomadas nas próximas semanas terão um efeito direto sobre a saúde econômica do Brasil nos meses e anos que se seguem.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes