Brasil, 6 de julho de 2025
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Corinthians se pronuncia sobre investigação de ligação com crime organizado

Clube apoia investigações e diz ser vítima de irregularidades relacionadas a contratos financeiros.

Na última quinta-feira, 15 de maio, o Corinthians divulgou uma nota oficial a respeito da investigação da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, que apontou a possível ligação entre dirigentes do clube e organizações criminosas. A investigação surgiu em meio ao rastreamento das movimentações financeiras relacionadas ao contrato, já rescindido, com a empresa “Vai de Bet” em 2024.

Posicionamento do clube paulista

No comunicado, o Corinthians afirmou que até o momento não há provas que vinculem seus dirigentes aos crimes investigados. O presidente do clube reiterou o total apoio às investigações em curso, bem como às iniciativas que visam esclarecer possíveis envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro. “O Corinthians é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade de suas operações”, diz a nota.

Entenda o caso

As investigações, conforme noticiado pelo SBT, envolvem quebras de sigilos bancários que revelaram movimentações financeiras suspeitas. Um montante de R$ 1,4 milhão foi identificado como pago de maneira irregular, através de comissões de contratos. O valor, originado de contas do Corinthians, passou por diversos destinos bancários antes de chegar a uma conta mencionada por Vinícius Gritzbach, empresário que foi executado em 2024, em Guarulhos, sob ordens do crime organizado.

A análise de dados financeiros mostrou que as movimentações do desvio ocorreram em duas parcelas de R$ 700 mil, ambas realizadas em março do ano passado. O montante acabou sendo recebido por uma empresa denominada Rede Social Media Design, ligada a Alex Cassundé, que tinha relações políticas com antigos dirigentes do clube.

Parte do dinheiro foi transferida para uma organização chamada Neoway Soluções Integradas, que, segundo as investigações, seria uma empresa fictícia. A Neoway estava registrada em nome de uma jovem de 23 anos, que teria sido utilizada como “laranja” nas operações financeiras suspeitas. Essa empresa, por sua vez, fez transferências elevadas, entre elas um repasse de R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas.

A Wave, seguindo a trilha do dinheiro, repassou valores que totalizaram R$ 874.150 para a UJ Football Talent Intermediação. Essa última empresa foi mencionada em declarações feitas por Vinícius Gritzbach, indicando seu envolvimento em compromissos financeiros ilícitos.

Implicações e desdobramentos da investigação

Os investigadores apontaram evidência de crimes como furto qualificado e lavagem de dinheiro durante o processo de quebra do sigilo bancário. Com muitas figuras do cenário esportivo e criminal envolvidos, a situação continua a gerar preocupação sobre a integridade das operações financeiras no futebol nacional.

O Corinthians, em sua defesa, posiciona-se como uma vítima nessas circunstâncias e reafirma seu compromisso com a transparência e a luta contra a corrupção no esporte. O clube afirma estar à disposição para colaborar com as autoridades competentes e espera que a verdade prevaleça.

Com a investigação ainda ativa, o público e os torcedores aguardam novidades enquanto as autoridades trabalham para esclarecer todos os detalhes dessa complexa trama que envolve dinheiro e crime no futebol brasileiro.

Para mais informações e atualizações sobre o caso, acesse nossa página dedicada às notícias do esporte.

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