Brasil, 16 de maio de 2025
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Bolsa bate recorde histórico e dólar sobe em dia de tensões

Em um dia misto, a bolsa superou os 139 mil pontos, enquanto o dólar se aproximou de R$ 5,70, refletindo tensões fiscais.

No dia 15 de junho de 2023, o mercado financeiro brasileiro registrou acontecimentos significativos. De um lado, a bolsa de valores, representada pelo índice Ibovespa, atingiu a marca histórica de 139.334 pontos, um aumento de 0,66% em relação ao dia anterior. Por outro lado, o mercado de câmbio apresentou um panorama mais tenso, com o dólar comercial encerrando o dia a R$ 5,679, uma alta de 0,83% frente ao real.

Recorde do Ibovespa e suas causas

O Ibovespa, índice que reflete o desempenho das ações mais negociadas na B3, teve um desempenho notável, superando recordes anteriores pelo segundo dia consecutivo. Embora as ações de empresas petroleiras tenham sofrido com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, as ações de mineradoras e das empresas do setor educacional impulsionaram a alta do índice, mostrando uma resiliência em meio a um cenário adverso.

Tensões no mercado de câmbio

Enquanto a bolsa quebrava recordes, o câmbio enfrentou um dia marcado por incertezas. O dólar, que durante a manhã manteve uma cotação estável, experimentou uma elevação significativa devido a boatos sobre um possível pacote de gastos do governo que inflacionaria suas despesas. Essa especulação provocou uma movimentação intensa, onde o dólar chegou a atingir R$ 5,69 por volta das 15h30.

Impacto externo sobre o mercado brasileiro

Além dos fatores internos, o desempenho do dólar também foi afetado por condições externas, especialmente a queda dos preços das commodities. O preço do barril de petróleo do tipo Brent, referência global, caiu 2,47%, impactando negativamente os países emergentes que dependem da exportação de bens primários. Essa redução na demanda global, principalmente por parte da China, tende a diminuir a entrada de divisas nas economias exportadoras.

Boatos e reações do governo

O clima de incerteza aumentou ainda mais após a circulação de rumores sobre um possível aumento do Bolsa Família para R$ 700 em 2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi questionado sobre essas especulações e se apressou a negar quaisquer planos de elevação de gastos com o programa. Haddad afirmou que, na próxima semana, pretende sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “medidas pontuais” de ajuste fiscal, a fim de estabilizar a situação.

Essas declarações, no entanto, não conseguiram acalmar o mercado financeiro, que continua a reagir de maneira negativa às incertezas fiscais e econômicas. A instabilidade também refletiu em outros ativos, com investidores adotando uma postura cautelosa diante dos fatores domésticos e externos que afetam a economia brasileira.

Por fim, a volatilidade do dólar frente a moedas da América Latina, que também enfrentam quedas, destaca o impacto da situação fiscal desses países emergentes na balança monetária. As flutuações contínuas exigem atenção dos analistas e investidores, que buscam sinais de recuperação ou agravamento dessas condições.

À medida que o Ibovespa se destaca com recordes históricos, o mercado de câmbio e as tensões fiscais permanecem como um lembrete das complexidades que cercam a economia brasileira em um ambiente global em transformação.

*Com informações da Reuters

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