Brasil, 14 de maio de 2025
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Rico Melquiades defende pais em depoimento na CPI das Bets

O influenciador Rico Melquiades afirmou que a responsabilidade sobre menores que apostam deve ser dos pais durante seu depoimento na CPI.

O influenciador digital e vencedor do reality show “A Fazenda”, Rico Melquiades, fez declarações polêmicas durante sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, realizada nesta quarta-feira (14). Ele enfatizou que a responsabilidade sobre menores de 18 anos que realizam apostas em plataformas de jogos deveria recair sobre os pais, e não sobre os influenciadores ou as plataformas em si.

Responsabilidade dos pais nas apostas

Em seu depoimento, Melquiades destacou que, como tio de um garoto de 12 anos, ele acompanha de perto o que seu sobrinho consome na internet. “Sobre menores de idade, eu acho que quem têm responsabilidade são os pais, e não eu. Essa responsabilidade não deve vir de mim, e sim dos pais. Até porque o Instagram não é nem para pessoas menores de idade estarem usando”, declarou.

Essa afirmação de Melquiades levanta um importante questionamento sobre a responsabilidade dos conteúdos que circulam nas redes sociais e na internet. Muitos pais e responsáveis enfrentam o desafio de monitorar as atividades online de seus filhos, especialmente em um ambiente digital onde as apostas têm se tornado cada vez mais populares.

Depoimento na CPI das Bets

O influenciador também utilizou seu direito ao silêncio durante a audiência, optando por não responder algumas perguntas que poderiam incriminá-lo. De acordo com uma decisão recente do ministro Alexandre de Moraes, o direito ao silêncio garante que indivíduos não sejam obrigados a responder a perguntas que possam resultar em autoincriminação.

A CPI das Bets foi criada para investigar as irregularidades nas apostas online no Brasil, e Melquiades é chamado como testemunha devido ao seu envolvimento com plataformas de apostas. Contudo, ele se mostrou relutante em discutir detalhes financeiros sobre sua relação com essas plataformas, bem como sobre a Operação Game Over 2, que lhe trouxe problemas legais em janeiro deste ano.

Operação Game Over 2 e suas implicações

A Operação Game Over 2 foi uma ação da Polícia Civil de Alagoas que visava desmantelar a promoção de jogos de azar irregular por influenciadores digitais. Melquiades, ao ser indagado sobre sua participação e o valor que já ganhou com a publicidade de plataformas de apostas, preferiu não se aprofundar nas respostas.

A incerteza em torno da legalidade das apostas online no Brasil e o papel dos influenciadores neste contexto é um tema que continua a gerar debates na sociedade. Com a popularização das apostas, especialmente entre os jovens, a discussão sobre a responsabilidade dos pais se torna ainda mais pertinente.

A votação e o futuro das apostas online no Brasil

Com a CPI das Bets avançando em suas investigações, as sugestões de regulamentação em torno das apostas online no Brasil ganharam força. A falta de uma legislação clara tem gerado confusões tanto para os usuários quanto para as plataformas que desejam operar de forma legal no país. Este cenário poderá mudar conforme novas diretrizes sejam estabelecidas com a pressão dos órgãos reguladores.

Os debates e as deliberações na CPI não apenas visam investigar irregularidades, mas também preparar o terreno para um futuro onde as apostas online possam operar com segurança e transparência, protegendo especialmente o público jovem. Assim, a atuação de figuras públicas e influenciadores como Rico Melquiades torna-se um fator crucial nesse desenvolvimento, podendo moldar opiniões e comportamentos nas redes sociais e no mundo digital.

Portanto, enquanto a CPI continua seus trabalhos e mais influenciadores são chamados a prestar depoimentos, fica em aberto a questão de como será o futuro das apostas online no Brasil e qual papel as famílias terão na proteção de seus filhos ante esse novo fenômeno social.

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