Brasil, 15 de maio de 2025
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Pintor perde dedos das mãos após explosão de bomba em Barretos

Homem manuseou objeto encontrado em casa onde trabalhava e ficará em reabilitação após o acidente.

Um trágico acidente ocorreu em Barretos, SP, quando um pintor perdeu parte dos dedos da mão esquerda após a explosão de uma bomba que ele encontrou em meio a brinquedos que seriam descartados. O incidente, que chamou a atenção da comunidade, levanta questões sobre segurança e responsabilidade no descarte de materiais explosivos.

Detalhes do acidente

Ronaldo de Oliveira, o pintor envolvido no acidente, havia sido contratado para realizar serviços de pintura em uma casa desocupada no bairro Ibirapuera. Após concluir seu trabalho, ele foi solicitado pelo proprietário, Ricardo Cardoso de Barros, atual procurador do município de Barretos e ex-policial militar, para limpar o imóvel e descartar objetos deixados para trás, incluindo brinquedos e um berço.

Enquanto organizava os itens, Oliveira se deparou com uma lata que parecia uma embalagem de spray. Sem saber do perigo que estava prestes a enfrentar, ele decidiu abri-la. “Eu achei que era um brinquedo, fui abrir aquilo lá e começou a vazar uma fumaça dela. Eu levei no rosto ainda e a fumaça era cheirosa. Mas aí pensei que estava parecendo uma bomba e taquei para trás, nas minhas costas”, contou o pintor.

Consequências da explosão

Infelizmente, ao jogar o objeto, a bomba explodiu, resultando em ferimentos graves, onde ele perdeu todos os dedos da mão esquerda e ainda sofreu lesões nas costas, nádegas e pernas. Ronaldo buscou assistência médica imediatamente, sendo encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Santa Casa da cidade, onde ficou internado por quatro dias.

A reação do proprietário

Durante sua estadia no hospital, o dono da casa visitou Oliveira e se desculpou pelo incidente, afirmando que o artefato era uma bomba de efeito moral. Apesar do pedido de desculpas, não ofereceu nenhum tipo de assistência após o acidente, o que deixou Oliveira frustrado. “Ele não me procurou mais, não me ofereceu ajuda, remédio, mais nada”, disse.

Segurança em risco

Ronaldo levantou uma preocupação importante sobre a segurança da comunidade. O imóvel onde o acidente ocorreu está localizado próximo a uma escola, e o pintor acredita que poderia ter evitado um desastre maior. “Se uma criança pega isso e explode na cara? Tinha matado, tinha morrido”, alerta. De acordo com Oliveira, seu desejo era deixar os objetos menores na lixeira na porta da casa.

Investigação em andamento

A Polícia Civil já está investigando o caso e coletou amostras do explosivo para perícia. O pintor deve passar por um processo de reabilitação e ainda poderá necessitar de novos procedimentos médicos. A situação não só trouxe uma dor pessoal imensa a ele, mas também destaca a necessidade de uma discussão mais profunda sobre o manuseio e descarte seguro de materiais potencialmente perigosos.

O evento serve como um lembrete de que negligência em relação à segurança pode ter consequências devastadoras, não apenas para os envolvidos, mas para toda a comunidade. A busca por justiça e reparação continua, enquanto Ronaldo se recupera e enfrenta o impacto dessa fatalidade em sua vida.

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