Na terça-feira, 13 de maio, o Papa Leão XIV viveu um dia de “extraordinária ordinariedade”, retornando à Cúria Geral dos Agostinianos, onde foi recebido calorosamente por seus coirmãos. A visita simbolizou um reencontro com suas raízes, mostrando não apenas a presença do Santo Padre, mas também o valor da comunidade religiosa.
Uma celebração repleta de emoção
Por volta do meio-dia, o Papa chegou à Via Paolo VI 25 para presidir a missa e partilhar um almoço com os agostinianos. O momento foi descrito como uma grata surpresa por todos os presentes, que puderam experienciar um dia que rapidamente se tornará parte da memória coletiva da Cúria. “Foi um dia especial, algo que poucos esperavam”, destacou o padre Gabriele Pedicino, Prior Provincial dos Agostinianos da Itália. “A presença do Papa durante a celebração Eucarística foi um momento de grande alegria e reflexão.”
Entre irmãos, a familiaridade prevalece
A atmosfera descontraída mas respeitosa entre os agostinianos e o Papa demonstrou a força dos vínculos de camaradagem que se estabeleceram ao longo dos anos. “Havia uma sensação de que estávamos com nosso irmão, o padre Roberto, e não apenas com o Santo Padre”, continuou o padre Pedicino. Essa relação íntima que o Papa cultivou com seus coirmãos durante anos permitiu uma interação autêntica, quase familiar, mesmo em meio ao novo status papal.
As emoções e palavras partilhadas entre eles foram guardadas como um segredo sagrado. “Ele nos falou de suas emoções e sentimentos, mas agora isso faz parte de um momento que ele só queria compartilhar com nós, seus irmãos’, revelou Pedicino. Esse respeito mútuo é um aspecto essencial da vida religiosa, especialmente quando se trata de uma figura como o Papa, que carrega grandes responsabilidades.
A devoção mariana do Papa
Durante a missa, o Papa fez questão de mencionar sua devoção a Nossa Senhora do Socorro, um elemento central na vida dos agostinianos. “Ele expressou sua confiança em Maria para ajudá-lo em seu ministério”, disse o padre Pedicino, refletindo sobre a importância dessa devoção na vivência da fé agostiniana.
Um momento de partilha e oração
Dom Lizardo Estrada Herrera, bispo auxiliar de Cuzco, no Peru, também teve a oportunidade de vivenciar o momento. “Foi um momento normal da vida comunitária, mas agora ele é o Santo Padre”, na declaração que reflete a compreensão da realidade presente. O Papa Leão XIV também pediu orações, seguindo os passos de seu predecessor, o Papa Francisco. “Ele nos exortou a sermos bons agostinianos e a continuarmos a divulgar os ensinamentos de Santo Agostinho”, destacou o bispo, enfatizando a importância da missão da comunidade.
Reconhecendo o novo papel do Papa
A visita, embora repleta de alegria, também trouxe um toque de nostalgia. O Papa Leão XIV tem consciência de que sua nova posição implica uma distância maior de sua comunidade de origem. “Ele mencionou que não poderá vir todos os dias como costumava fazer; essa é uma das coisas que ele terá que aceitar”, concluiu o prelado agostiniano, refletindo sobre a mudança de dinâmica em sua relação com seus confrades. Esse entendimento é fundamental, pois ele agora é visto não apenas como um irmão, mas como o pastor de toda a Igreja.
Dessa forma, a visita do Papa Leão XIV à Cúria Geral dos Agostinianos não só proporcionou momentos de celebração, mas também reafirmou laços emocionais e espirituais que perduram ao longo do tempo. O dia, embora comum em muitos aspectos, será lembrado como extraordinário na história da comunidade agostiniana.