Brasil, 14 de maio de 2025
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Não há tensão na relação entre Brasil e EUA, diz especialista

A avaliação é de Christopher Garman, que participa da 2ª edição do Summit Brazil–USA, em Nova York.

A relação entre Brasil e Estados Unidos, apesar de fatores que poderiam causar ranhura, não apresenta tensões significativas. Esta é a avaliação de Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da consultoria americana Eurasia Group. Ele compartilhou essas informações durante a 2ª edição do Summit Brazil–USA, realizado em Nova York.

O foco da Casa Branca

Segundo Garman, a atual administração dos EUA não está concentrando suas atenções na América do Sul. “O foco da Casa Branca não é tanto na América do Sul, até pelo fato de termos uma Casa Branca que comprou muitas brigas e tem muitos ‘pepinos’ para lidar”, afirmou. Ele destacou que o governo americano tem prioridades em negociações com a China, União Europeia e países do Sudeste Asiático.

Fatores que poderiam tensionar a relação

Entre os elementos que poderiam potencialmente afetar a relação entre Brasil e EUA, Garman mencionou a disparidade ideológica dos dois governos, as investigações contra os ex-presidentes Jair Bolsonaro e sua proximidade com o entorno de Donald Trump, além do desejo crescente do Brasil de se aproximar da China.

Proximidade ideológica e geopolítica

Apesar dessas preocupações, o especialista enfatizou que essa aproximação do Brasil com a China não é uma questão de alinhamento ideológico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado relações mais estreitas também com a União Europeia e outras regiões, o que demonstra um interesse em diversificar as alianças do Brasil no cenário internacional.

“Mesmo que a relação bilateral não seja propícia, para ser construtiva, não está gerando atrito tão grande”, ressaltou Garman. A relação brasileira com os Estados Unidos, segundo ele, continua a ser explorada, com o governo brasileiro tentando estabelecer diálogos com figuras chave, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Cenário geopolítico atual

Garman também apresentou uma perspectiva mais abrangente do cenário global, afirmando que o mundo está atravessando um ambiente geopolítico altamente conflituoso, especialmente devido à concorrência de poder entre China e Estados Unidos. Nesse contexto, Garman destacou a posição privilegiada do Brasil, que se mostra como uma potência em várias áreas, incluindo energia, meio ambiente, e recursos minerais.

Potencial do Brasil no cenário global

“Nesse contexto, o Brasil está bem posicionado, com ativos importantes nesse ambiente global. O país é uma potência energética, ambiental, mineral”, concluiu Garman. Essa afirmação não só destaca as oportunidades que o Brasil pode aproveitar, mas também o potencial do país de se firmar como um player relevante nas geopoliticas futuras.

Com a realização do Summit Brazil–USA, as expectativas em relação à relação entre os dois países se mantêm esperançosas, mesmo em meio a adversidades e desafios. Resta saber como essas interações se desenrolarão nas próximas semanas à medida que ambos países navegam pelas complexidades do cenário internacional.

Para mais detalhes, você pode acessar [a cobertura completa do evento](https://oglobo.globo.com/economia/summit-brazil-eua-2025/noticia/2025/05/14/summit-brazil-usa-nao-ha-tensionamento-da-relacao-bilateral-de-brasil-e-eua-diz-diretor-executivo-da-eurasia.ghtml).

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