Brasil, 14 de maio de 2025
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Comandante da GCM de SP é afastado por denúncias de violência doméstica

Afastado por denúncias de violência doméstica, Eliazer Rodella deixa o comando da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo.

O clima na Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo mudou drasticamente após o afastamento do comandante Eliazer Rodella, que, desde abril, enfrentava sérias acusações de violência doméstica. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) oficializou a decisão em 8 de maio, colocando um fim em sua gestão que se iniciou apenas em janeiro deste ano.

Denúncias graves de violência doméstica

A decisão de afastar Rodella surgiu após sua ex-mulher, Samara Rocha Bragantini, tornar públicas as acusações de violência, incluindo agressões enquanto estava grávida de oito meses. Samara, em entrevistas e depoimentos, relatou experiências aterradoras de violência física que ocorreram em sua residência, durante a presença de crianças.

Ela descreveu um episódio particularmente violento: “Quando eu estava de oito meses do meu filho, ele me espancou. A minha enteada estava em casa… Ele batia minha cabeça na porta, deixou meus braços roxos.” Esses relatos revelam uma situação alarmante e preocupante, evidenciando a gravidade do problema.

O que se sabe sobre o comando da GCM

Eliazer Rodella não era apenas o comandante da GCM; ele também tinha uma longa história de serviço público, tendo atuado como professor e coordenador na Academia de Formação em Segurança Urbana (AFSU) desde 2016. No entanto, sua rápida ascensão em janeiro deste ano ao cargo de comandante foi ofuscada por essas denúncias de violência

Após seu afastamento, o subcomandante Ailton Rodrigues de Oliveira assumiu interinamente o cargo, enquanto a Corregedoria Geral da GCM investiga as acusações sob um processo protegido por sigilo. Questionada sobre a situação, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana confirmou que a apuração continua em andamento, embora detalhes adicionais não possam ser divulgados devido à natureza sensível da investigação.

História de Samara: um grito por ajuda

Em suas entrevistas, Samara não apenas solicitou ajuda, mas também trouxe à tona a dificuldade que muitas vítimas de violência doméstica enfrentam ao tentar denunciar os agressores. Ela relatou momentos de desespero, onde a intervenção policial foi insuficiente. Uma situação em que a polícia foi chamada, mas que não resultou em uma ação concreta: “A polícia foi lá no portão, só que aí ele ficou quietinho. Eles são covardes, né? Ficou morrendo de medo… Não tinha ninguém, não sabia onde estava minha mãe”, afirmou.

A realidade de Samara reflete uma sombra que pesa sobre muitas mulheres vítimas de violência, que ao mesmo tempo lutam contra seus agressores e a cultura do silêncio. Seu relato, amplamente compartilhado nas redes sociais, acende uma luz sobre as numerousidades que cercam a denegação de violência doméstica e a necessidade de um suporte mais efetivo às vítimas.

Impacto nas instituições de segurança pública

Esse caso levanta questões críticas sobre a prevenção da violência doméstica no Brasil e a atuação das instituições de segurança pública em relação a esses casos. À medida que a GCM passa por uma transformação com a mudança de comando, espera-se que priorize políticas mais robustas no combate e prevenção da violência, tanto dentro da corporação quanto para com a população em geral.

O afastamento de Eliazer Rodella poderá servir como um ponto de inflexão para reflexões e reformulações necessárias no papel da polícia e nas estratégias de proteção às vítimas de violência. As avaliações de mudanças nos procedimentos internos e nas pautas de treinamento para sensibilização e empoderamento das autoridades que lidam diariamente com tais casos são urgentes e necessárias.

Conclusão: um apelo à mudança

A demissão de Rodella é mais que uma resposta às denúncias; é um chamado à ação em um tema que, embora frequentemente negligenciado, afeta inúmeras vidas. A sociedade deve se unir para promover um ambiente seguro, no qual as vítimas de violência possam se sentir encorajadas a buscar ajuda sem medo de retaliação.

Enquanto as investigações continuam e a GCM se reestrutura, os relatos de Samara Bragantini ecoam como um lembrete da importância de se lutar pela segurança e dignidade de todos, especialmente das mulheres que enfrentam essa dura realidade. A questão da violência doméstica requer não apenas atenção, mas um compromisso verdadeiro de todos os setores da sociedade brasileira.

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