Brasil, 14 de maio de 2025
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América Latina se adapta à nova ordem econômica global

Jorge Amato, do Citi, comenta sobre desafios e oportunidades no Summit Brazil-USA, em Nova York.

No contexto atual, os Estados Unidos estão promovendo uma reorganização do ambiente global, forçando a América Latina a navegar em uma nova economia que se bifurca entre as potências norte-americana e chinesa. Essa análise é de Jorge Amato, chefe de estratégia para investimento na América Latina do Citi, que participou da 2ª edição do Summit Brazil-USA, realizado pelo Valor em Nova York. Amato alertou para a necessidade de adaptação da região diante das novas dinâmicas comerciais entre os dois países.

A nova realidade das relações comerciais

Durante o painel sobre perspectivas do mercado financeiro, Amato destacou que a América Latina atualmente realiza mais comércio com a China do que com os Estados Unidos. Ele enfatizou que esta relação não deve mudar rapidamente, já que os países da região não estão dispostos a inverter essa tendência. “Acho que os nossos países não vão querer inverter esse cenário”, afirmou Amato, sinalizando que a China se consolidou como um importante parceiro comercial, influenciando fortemente a economia local.

O impacto das tarifas dos Estados Unidos

Amato também abordou a questão das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. segundo ele, o impacto dessas tarifas na América Latina será sentido de forma menos intensa do que em outras partes do mundo. “O impacto das tarifas na América Latina vai ser menos sentido que no resto do mundo”, disse. Essa perspectiva sugere que, apesar das tensões geopolíticas, a região pode ter uma certa proteção contra as consequências mais severas da guerra comercial entre as duas potências.

O cenário macroeconômico

Do ponto de vista macroeconômico, Amato argumenta que as tarifas dos EUA terão um efeito mais desinflacionário do que inflacionário na economia latino-americana. A análise implica que, com a demanda potencial reduzida em algumas exportações devido às tarifas, a inflação poderá ser contida nessa região específica.

É essencial que os países da América Latina adotem estratégias de adaptação a essa nova realidade. A diversificação das economias e a inclusão de novas parcerias comerciais serão fundamentais. Amato acredita que, ao fortalecer suas economias internas e buscar novas oportunidades, a América Latina pode minimizar os riscos associados a essa bifurcação econômica.

A importância dos eventos como o Summit Brazil-USA

Eventos como o Summit Brazil-USA são cruciais para discutir essas questões e fomentar diálogos entre líderes empresariais e autoridades governamentais. O networking estabelecido pode resultar em novas oportunidades de negócios e parcerias estratégicas, vital para o crescimento econômico da região.

A participação de figuras influentes no setor financeiro, como Jorge Amato, agrega valor às discussões, permitindo um compartilhamento de insights que podem ajudar a moldar políticas e decisões empresariais. É nesse contexto que a América Latina deve apostar em estratégias que promovam o desenvolvimento e a resiliência econômica, sem depender excessivamente de uma única potências global.

Conclusão

À medida que os Estados Unidos e a China continuam a definir as diretrizes do comércio global, é fundamental que a América Latina permaneça proativa e flexível em sua resposta a essas mudanças. A análise de Jorge Amato no Summit Brazil-USA fornece uma visão valiosa sobre as tendências e desafios enfrentados pela região, ao mesmo tempo que sugere que a América Latina pode encontrar oportunidades em meio à incerteza. Com uma estratégia bem delineada, as economias latino-americanas podem não apenas sobreviver, mas prosperar nesse novo cenário econômico global.

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