Brasil, 15 de maio de 2025
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Advogado exonerado após furto cinematográfico com máscara realista

Luís Maurício Gualda, assessor parlamentar, foi exonerado após furtar em Niterói usando máscara realista. O caso choca a sociedade carioca.

O mundo do crime tomou um novo e incomum rumo com o caso do advogado Luís Maurício Martins Gualda, que, em um episódio que mais parece um filme, usou uma máscara realista para realizar um furto em um apartamento de luxo em Niterói. O fato ocorreu no início de fevereiro, mas ganhou notoriedade apenas nas últimas semanas, resultando na exoneração do advogado, que era assessor parlamentar no gabinete do vereador Rogério Amorim (PL).

O crime inusitado

O furto aconteceu no dia 7 de fevereiro, quando Gualda chegou ao escritório em Niterói normalmente vestido, mas saiu disfarçado, utilizando uma máscara que o deixava careca, além de um terno e gravata. As imagens de câmeras de segurança registraram a sua entrada no prédio às 19h, e em menos de 20 minutos, ele conseguiu arrombar a porta e roubar relógios avaliados em R$ 80 mil.

Em depoimento à Polícia Civil, o advogado confessou o crime e alegou que estava passando por dificuldades financeiras, além de dizer que foi incentivado por um amigo, Alexandre Ceotto, apontado como o autor intelectual do furto. Ceotto está em fuga e tem um histórico de relações políticas na região, tendo sido assessor de outro vereador e ocupado cargos no governo do estado do Rio de Janeiro.

A repercussão do caso

A notícia da exoneração de Gualda veio logo após a grande repercussão do caso, gerando questionamentos sobre a segurança e a ética na política carioca. O vereador Rogério Amorim se manifestou, afirmando que não tinha conhecimento do outro emprego de Gualda e que a exoneração foi imediata assim que soube dos fatos. Segundo ele, o advogado elaborava pareceres para projetos de lei, mas o seu trabalho era externo, o que dificultou o controle sobre as suas atividades extras.

O caso de Gualda não é apenas um alerta sobre segurança; também levanta questões sobre a responsabilidade e o controle dos assessores parlamentares. O furto foi realizado de forma meticulosa, com Gualda tomando precauções para não ser identificado, como o uso da máscara que ele havia adquirido online por cerca de R$ 1,8 mil.

Consequências legais e profissionais

A oAB-RJ já abriu um processo disciplinar para apurar a conduta de Gualda, que já havia manifestado sua intenção de colaborar com a justiça. O crime em si pode trazer graves consequências para a carreira do advogado, que arrisca não apenas sanções legais, mas também danos irremediáveis à sua reputação profissional.

A questão sobre a venda de máscaras realistas também foi levantada no caso. Embora não exista uma legislação que proíba a compra e venda dessas máscaras, o uso delas para fins criminosos pode ensejar penas severas, como roubo qualificado e falsidade ideológica. A venda de tais produtos pode ser vista como uma prática de risco, especialmente quando associada a ações ilegais.

A busca por justiça

As investigações continuam em andamento, e a polícia já fez buscas na residência de Gualda, que indicou a participação de Ceotto no planejamento do furto. Enquanto isso, a sociedade carioca observa de perto como este caso se desenrola e quais medidas serão tomadas para prevenir situações semelhantes no futuro. O impacto deste episódio ressoa, provocando um olhar atento sobre a ética política e as ações de seus representantes.

Os desdobramentos desse crime inusitado mostram que a linha entre o civil e o criminal pode ser tênue, revelando como a vulnerabilidade humana e a ambição podem emergir em situações inesperadas. Resta agora aguardar os próximos passos da investigação e as possíveis implicações legais para todos os envolvidos.

Enquanto a justiça busca responsabilizar os autores desse ato infracional, a sociedade se questiona: até onde vai a confiança nas instituições e quem realmente vigia aqueles que deveriam ser representantes éticos? A resposta para essas perguntas pode ser a chave para restaurar a credibilidade pública perdida.

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