Brasil, 13 de maio de 2025
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Tarcísio de Freitas afirma que não existe direita sem Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou a importância de Bolsonaro no cenário político e comentou sobre as eleições de 2026.

No último evento da Brazil’s Week em Nova York, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez declarações contundentes sobre a presença de Jair Bolsonaro (PL) na política brasileir. Tarcísio enfatizou que não há como discutir a direita brasileira sem incluir o ex-presidente, que continua sendo uma figura central nas articulações políticas do país. O governador, que é cotado para uma possível candidatura à presidência nas eleições de 2026, comentou que ainda é cedo para discutir sua participação no pleito.

Pontos abordados por Tarcísio

Durante sua conversa com jornalistas, Tarcísio fez questão de ressaltar a necessidade de foco em entregar resultados para a população, ao invés de se distrair com a eleição que ainda está distante. “Está muito cedo, falta um ano e meio para a eleição. O que temos de pensar agora é em entregar resultados”, afirmou. Este discurso reflete uma estratégia cuidadosa em um cenário em que sua figura política varia conforme os humores da política nacional.

Ao ser questionado sobre a existencialidade da direita sem Bolsonaro, Tarcísio não hesitou em afirmar que “não, não existe”. Essa afirmação revela a relevância que o ex-presidente ainda possui entre seus aliados, bem como a percepção de que nenhum candidato de direita poderá ocupar o espaço deixado por ele sem seu endorsement. Ao mesmo tempo, a afirmação evidencia a fragilidade do cenário político atual, onde muitos líderes sentem que dependem da figura de Bolsonaro para consolidar sua relevância.

A corrida presidencial e as alternativas na direita

Atualmente, os aliados de Tarcísio têm discutido sua possível candidatura à presidência, considerando que o ex-presidente Bolsonaro se mantém inelegível até 2030 devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação em atos golpistas. Nesta conjuntura, outros governadores de direita, como Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG), também expressaram intenção de entrar na disputa pelo Planalto em 2026.

Ainda que haja uma atmosfera de incerteza, a busca por uma unidade em torno de uma candidatura única é uma discussão em andamento. O ex-presidente Michel Temer (MDB) trouxe à tona essa possibilidade em entrevistas recentes, afirmando observar disposição entre os governadores para buscar um consenso. Ele destacou que, em um cenário com vários candidatos da direita, uma candidatura única poderia se mostrar vantajosa em relação aos adversários.

Reações ao discurso de Temer

Entretanto, as declarações de Temer não foram bem recebidas por alguns líderes bolsonaristas. A omissão de Bolsonaro e de sua possível substituta, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em suas falas causaram desconforto. O pastor Silas Malafaia, um dos mais próximos aliados de Bolsonaro, criticou o ex-presidente por não incluir Michelle como uma potencial candidata, destacando sua popularidade e capacidade de reunir os votos de bolsonaristas, mulheres e evangélicos.

Malafaia comentou em suas redes sociais que “se existe uma articulação para um candidato da direita, caso o vergonhoso impedimento de Bolsonaro persista, o senhor esqueceu do nome mais bem avaliado nas pesquisas: Michelle”, aludindo assim à necessidade de reconhecer o potencial dela no contexto eleitoral, especialmente em uma eventual candidatura.

Essas movimentações no cenário político brasileiro mostram que, apesar das incertezas e dos desafios enfrentados por Bolsonaro, a direita continua buscando um novo líder que possa preencher o vácuo deixado pelo ex-presidente, culminando em um cenário eleitoral que deve ser observado de perto nos próximos meses.

A disputa política e as alianças entre os partidos conservadores prometem ser oportuna para o próximo ciclo eleitoral, e se consolidarão como um dos principais assuntos discutidos na esfera política até 2026.

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