Brasil, 13 de maio de 2025
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Queda no resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão

Mais de 2 mil resgates foram realizados em 2024, mas número de denúncias permanece elevado, refletindo a luta contínua contra o trabalho escravo.

Em 2024, o Brasil registrou uma expressiva redução no número de trabalhadores resgatados de situações análogas à escravidão, totalizando 2.186 pessoas, conforme dados divulgados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego. O número representa uma queda de 34% em relação ao ano anterior, quando 3.332 indivíduos foram retirados dessas condições degradantes, o maior volume desde 2009.

Os resgates e suas implicações

Apesar da diminuição dos resgates no ano passado, a quantidade total de trabalhadores afetados pelas fiscalizações foi alta, superando 5.741 pessoas. Essas operações não só resultaram em resgates, mas também asseguraram direitos de trabalhadores que, embora não estivessem em condições análogas à escravidão, tiveram seus direitos verificados. O valor destinado a verbas rescisórias e trabalhistas alcançou impressionantes R$ 9,3 milhões.

As intervenções ocorreram em diversas áreas do Brasil, incluindo ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) e auditores-fiscais em unidades regionais. A análise das atividades econômicas revelou que os setores com maior número de resgates em 2024 foram a construção de edifícios e o cultivo de diversas culturas agrícolas como café e cebola.

Denúncias de trabalho escravo em ascensão

As denúncias de trabalho análogo à escravidão pelo sistema Ipê mostraram um total de 3.127 registros em 2024, o que representa uma leve diminuição em comparação a 2023, quando foram contabilizados 3.924 casos – o recorde até então. Apesar dessa leve queda, os dados atuais ainda representam um volume elevado em relação a anos anteriores, evidenciando a persistência do problema.

Desde 2014, o Brasil tem visto um crescimento significativo nas denúncias, com um salto particularmente acentuado a partir de 2020. Os estados que registraram o maior número de denúncias em 2024 foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, refletindo uma necessidade urgente de maior proteção e fiscalização sobre os trabalhadores vulneráveis.

O caminho a seguir: 30 anos de combate ao trabalho escravo

O ano de 2025 marca três décadas desde que o governo brasileiro reconheceu oficialmente a existência do trabalho escravo contemporâneo. Desde 1995, mais de 66 mil trabalhadores foram resgatados, e seriam pagos R$ 157 milhões em verbas trabalhistas. O combate ao trabalho escravo é uma prioridade, e as fiscalizações estão sendo intensificadas, especialmente nas áreas mais afetadas.

É importante destacar que todo trabalhador resgatado tem a garantia do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado (SDTR), além de ter seus direitos trabalhistas assegurados. Essa ação visa não apenas apoiar a sobrevivência imediata dos resgatados, mas também ajudar na reintegração desses trabalhadores à sociedade.

Como denunciar e contribuir para a causa

Para quem deseja contribuir na luta contra o trabalho análogo à escravidão, o Sistema Ipê oferece um canal específico para denúncias. Não é necessário se identificar, e qualquer informação que possa auxiliar na investigação e fiscalização é bem-vinda. A mobilização da sociedade é fundamental para que as autoridades possam agir de forma efetiva. Juntos, podemos combater essa violação de direitos humanos e promover um país mais justo.

Com a crescente conscientização e as ações implementadas, espera-se que os números de resgates e denúncias comecem a reduzir de forma significativa nos próximos anos, alinhando-se a um Brasil que promova o trabalho digno e respeite os direitos de todos os seus cidadãos.

Para mais informações, acesse [Matéria Completa](https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2025/05/13/governo-resgatou-mais-de-2-mil-pessoas-em-condicoes-de-trabalho-analogas-a-escravidao-em-2024.ghtml)

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