Brasil, 13 de maio de 2025
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Menina de 7 anos morre após luta contra pneumonia e família denuncia negligência

Após 33 dias internada, menina não resistiu à pneumonia. Pais alegam negligência médica após consultas sem diagnóstico.

A morte de uma menina de 7 anos após 33 dias internada em um hospital de Campinas, SP, reacende debates sobre a qualidade e a agilidade do atendimento médico em casos críticos. A família da criança, que faleceu devido a complicações de uma pneumonia, alega que houve negligência médica durante o atendimento nos serviços públicos de saúde. O relato de falhas no diagnóstico e no tratamento revela um padrão preocupante que preocupa a sociedade e as autoridades.

Contexto da tragédia

Após realizar seis consultas em diferentes unidades de saúde, sem obter um diagnóstico claro, os pais da criança decidiram procurar um médico particular. Foi somente então que ela recebeu o diagnóstico de pneumonia. De acordo com o pai, que optou por não se identificar, as consultas iniciais — realizadas em um pronto-socorro e numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) — foram marcadas pela ausência de exames como raio-x e sangue. “Passavam dipirona e Buscopan, mas não pediram exames. Praticamente nem a examinavam e mandavam para casa”, desabafou o pai em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.

A internação e o desfecho trágico

Após o diagnóstico tardio, a menina foi internada no Hospital de Clínicas da Unicamp, onde ficou intubada por 33 dias. Infelizmente, sua saúde não resistiu e ela faleceu no dia 3 de maio. “Para mim, isso foi uma omissão de socorro. Não houve exames, nada. Queremos justiça”, afirmou o pai, que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

Reações das autoridades de saúde

Em resposta à tragédia, a Secretaria de Saúde de Estiva Gerbi lamentou a morte da criança e se comprometeu a investigar o caso. A prefeitura instaurou um processo administrativo para apurar os procedimentos realizados durante os atendimentos. No entanto, segundo os registros, eles afirmam que não houve negativa de atendimento à menor. A Prefeitura de Mogi Guaçu, que também teve envolvimento no caso, não conseguiu fornecer um posicionamento devido à dificuldade em localizar a ficha da paciente.

Um panorama preocupante da judicialização na saúde

O caso da menina é um reflexo de um problema maior na saúde pública brasileira. Falhas no atendimento e escassez de medicamentos têm levado a um aumento significativo na judicialização da saúde. Apenas no primeiro trimestre deste ano, quase 3 mil ações foram ajuizadas no estado de São Paulo. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), houve um salto nos processos movidos contra operadoras de planos de saúde, bem como no sistema público, revelando um crescimento de 51,9% em ações relacionadas a denúncias de negligência e falta de vagas.

A busca por justiça

A família da menina, em busca de respostas, deseja que as investigações apontem responsabilidades claras sobre o que aconteceu. O pai expressou o desejo de que a tragédia não se repita e que casos semelhantes sejam tratados com a seriedade que merecem. A situação exige uma reflexão mais profunda sobre os serviços de saúde e um compromisso real com a melhoria na qualidade do atendimento, especialmente nas unidades que atendem à população mais vulnerável.

Conclusão

A morte de uma criança em decorrência de uma pneumonia, agravada por falhas de diagnóstico e tratamento, é uma tragédia que afeta não apenas a família, mas toda a sociedade. Casos como este levam a um clamor por reformas na saúde pública e à reflexão sobre o que pode ser feito para que vidas não sejam perdidas em decorrência da negligência. Sem uma resposta adequada às inquietações sociais, o medo de repetir erros passados continua a assombrar muitas famílias.

Os serviços de saúde precisam, mais do que nunca, estar atentos às reclamações dos pacientes e suas famílias, garantindo um atendimento digno e eficaz.

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